sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Até governo do PSDB negocia com os bancários; Dilma e banqueiros dizem não

30/09/2011 às 13:29
Ascom/SEEB-MA

Bancários do Banpará já deram a receita de como pressionar os patrões a atender as reivindicações da categoria.


Após uma semana sem nenhum avanço nas negociações, bancários de todo o país continuam em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (03/10). Em meio à intransigência e a arrogância do Governo Federal e dos banqueiros – que insistem em não atender as reivindicações da categoria – dois bancos, um Regional e outro Estadual, são a prova de que os grandes bancos federais e privados têm totais condições financeiras para colocar um fim à greve nacional dos bancários, mas, gananciosamente, não querem.

Entenda o caso

Depois do Banco Regional de Brasília (BRB) acertar um reajuste de 17,45%, foi a vez do Banco do Estado do Pará (Banpará) apresentar uma proposta aceitável aos seus empregados. Em assembleia realizada, na quinta-feira (29), a categoria entrou em acordo com o Banpará e encerrou a greve por um reajuste mínimo de 10%, entre outros benefícios. Vale lembrar que o patrão do Banpará é o governo paraense, que é do PSDB, partido visto como o "terror" das negociações salariais dos bancários, no tempo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A atitude diferenciada dessas duas instituições – com menor poder financeiro em relação aos bilionários bancos federais e privados – evidencia uma enorme contradição que remete a seguinte pergunta: se esses dois “peixes pequenos” têm condições de negociar tais índices, por que os “graúdos” silenciam, protelam e só oferecem o reajuste rebaixado de 8%?

A resposta é simples: o que falta é interesse do Governo Federal e dos banqueiros. Eles não querem mesmo é abrir o cofre e colocar um fim à greve nacional dos bancários. Com o movimento ainda em crescimento, já está mais do que comprovado que os patrões manterão as negociações estagnadas. Mas os bancários do Banpará já deram a receita de como pressionar a classe patronal a atender as reivindicações da categoria. A faca e o queijo estão nas mãos dos bancários: o caminho é único, o fortalecimento da greve em todo o país!

No caso do Banpará – a paralisação contou com a adesão de 95% do funcionalismo e parou as agências do banco por três dias – tempo suficiente para empurrar os patrões para a mesa de negociação e arrancar deles conquistas importantes como um reajuste de 10% sobre as verbas salariais, mais 5% de promoção do Plano de Cargos e Salários em 2012; Anuênio reajustado para R$ 25,00; Reajuste de 20% sobre tíquete alimentação e cesta alimentação, além de um tíquete alimentação extra de R$ 3.200,00, linear a todos os empregados em exercício nas datas de pagamento, sendo R$ 1.200,00 antes do Círio, R$ 1.000,00 em Dezembro/2011 e R$ 1.000,00 em Março/2012, dentre outras conquistas.

Mais uma conquista da Campanha Específica 2011 no Banpará pode ser considerada histórica e servirá de parâmetro para o movimento bancário nacional: a licença-prêmio de 5 dias para cada ano, sem retroatividade, para gozo; direito este retirado dos trabalhadores de bancos públicos brasileiros desde 1994, no período neoliberal do governo de Fernando Henrique Cardoso.

É por causa dessa insensibilidade do Governo Federal e dos banqueiros - que só querem acumular dinheiro e não pensam nos bancários - que a categoria continuará mobilizada em GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO!


Professores em greve são violentamente reprimidos no Ceará

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ATENÇÃO: PASSEATA UNIFICADA DOS BANCARIOS E TRABALHADORES DOS CORREIOS, SEXTA-FEIRA (30/09), ÀS 16H.

   Na assembleia dos bancários de hoje foi aprovada a realização de uma passeata unificada com os trabalhadores dos correios. A passeata ocorrerá amanhã, às 16hs, saindo da sede  do sindicato dos bancários da Bahia,  localizada nas Mercês, Av. Sete de Setembro (Salvador-BA).

   O MNOB-BA esteve na assembleia dos correios ontem apontando a necessidade de unificar as campanhas salariais das categorias em luta, em especial a de correios e a de bancários. As duas categorias vêm sofrendo com a intransigência do Governo Dilma. O arrocho salarial e a ameaça de punição aos grevistas tem sido a resposta do governo às reivindicações dos trabalhadores.

  A passeata conjunta é uma forma de dar visibilidade à luta das duas categorias, mas também é importante para mostrar que estamos unidos contra os ataques do governo e que só sairemos da Greve com reajuste salarial digno, com reivindicações específicas atendidas e sem a compensação ou desconto dos dias de Greve.

  As demais categorias em campanha salarial estão convidadas a participar dessa manifestação unificada. Se o lucro cresceu, os trabalhadores querem o seu! 

PARTICIPE, CONVIDE SEUS COLEGAS E VENHA FORTALECER A NOSSA LUTA!!!   


Manifestação unificada entre bancários e trabalhadores dos Correios em Porto Alegre (RS)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ASSEMBLEIA NESTA QUINTA-FEIRA (29/09)

TODOS À ASSEMBLÉIA NESTA QUINTA-FEIRA (29/09), às 18h no Ginásio dos Bancários

Assembléia dos Correios ocorrida hoje
Colegas,precisamos comparecer à assembléia dos bancários para avaliar a força da Greve e, principalmente, para discutir iniciativas que fortaleçam nossa mobilização. Amanhã teremos a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Bahia. Estivemos hoje na assembléia deles na Praça da Inglaterra, no Comércio. Eles concordaram com a proposta de fazer uma manifestação em conjunto com os bancários. Isso tem ocorrido em outros estados e tem fortalecido a luta das duas categorias. A assembléia dos trabalhadores dos correios estava cheia e muito animada, mesmo com o cansaço de duas semanas de Greve. Precisamos nos espelhar na sua disposição de luta e participar ativamente das assembléias.
VAMOS CONSTRUIR UMA GRANDE MANIFESTAÇÃO COM BANCÁRIOS E TRABALHADORES DOS CORREIOS E MOSTRAR QUE ESTAMOS UNIDOS POR REAJUSTE SALARIAL DIGNO E CONTRA A COMPENSAÇÃO OU O DESCONTO DOS DIAS DE GREVE!!!

Greve nacional dos bancários já acontece em 25 estados e no Distrito Federal


A greve nacional dos bancários, deflagrada nesta terça-feira, dia 27, começou com força em todo país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação já acontece em 25 estados e no Distrito Federal, paralisando agências de bancos públicos e privados.


O único estado sem greve é Roraima, onde ocorre assembleia dos bancários no início da noite desta terça-feira para decidir a adesão ao movimento.

Os bancários se cansaram de ver os banqueiros lucrarem bilhões e depois chorar migalhas na mesa de negociação. A greve foi deflagrada após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ocorrida na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo, quando foi recusada a segunda proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Anteriormente, os bancos haviam oferecido reajuste de 7,8%.

Os bancos obtiveram lucros acima de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre e têm plenas condições de atender as reivindicações da categoria, que está reivindicando reajuste de 12,8% (5% de ganho real mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.

Se o Brasil cresceu, trabalhador quer o seu; todo apoio à greve dos trabalhadores dos Correios


Há vários dias os trabalhadores dos Correios realizam uma de suas maiores greves. Nossa central, a CSP-Conlutas, tem estado ao lado de cada piquete, de cada mobilização, assembleia ou passeata e temos sentido uma enorme disposição dessa categoria.


Fortalecer a luta – Mais do que nunca é necessário fortalecer essa greve. A cada dia a indignação aumenta, tendo em vista o forte ataque do governo e da empresa contra os trabalhadores. Essa ofensiva se explica, em primeiro lugar, pela política econômica do Governo Dilma que visa garantir os seus compromissos com o pagamento dos juros e serviços da dívida pública.

Na greve, os trabalhadores ecetistas tem se enfrentado diretamente contra o presidente da empresa, Wagner Pinheiro e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo que vem tratando de maneira sórdida a categoria. Publicam números e declarações que menosprezam a greve, determinam o corte de ponto dos trabalhadores e, como fazem os mais truculentos patrões do setor privado dizem que não negociam em greve. Um absurdo!

Fica cada vez mais evidente que a postura do presidente da empresa e do ministro das Comunicações tem relação e sustentação política nas opiniões e forma de governar da presidente Dilma Rousseff (PT), afinal no meio desse processo foi ela que, com apoio dos deputados do PT e do PC do B, entre outros, sancionou a MP-532 que cria o Correios S/A, na prática a privatização de um patrimônio do povo brasileiro. Nossa luta, portanto, é uma batalha contra esse governo.

Se o Brasil cresceu, o ecetista quer o seu; aumento real já!

Correios, os bancos, a Petrobras, as montadoras, a construção civil, o setor de mineração e inúmeros outros setores do empresariado brasileiro seguem comemorando lucros recordes. Enquanto o governo lhes dá bilhões em isenção de impostos, anuncia cortes de R$ 50 bilhões no orçamento, nega reajuste aos servidores públicos e aumenta em R$ 10 bilhões seu compromisso com tal superávit primário, ou seja, mais dinheiro para a banca internacional.

A greve dos trabalhadores dos Correios é uma resposta a essa política, reflete uma compreensão de que “se o Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”. É também uma luta contra a sobrecarga de trabalho, uma luta contra a privatização da ECT. Por isso, seguiremos ombro a ombro fortalecendo essa greve e exigindo que o governo atenda as reivindicações da categoria e garanta aumento real já!

Unir ecetistas, bancários e petroleiros numa mesma batalha, afinal o patrão é o mesmo, o Governo Dilma.

A CSP-Conlutas faz um chamado a todas as direções das categorias em luta para que busquemos unificar as nossas forças no enfrentamento contra o governo e os banqueiros. Ainda que concordamos com os companheiros da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios) quando afirmam que “a maioria das direções dos sindicatos governistas não queriam a greve, bem como a direção majoritária da FENTECT (CUT/CTB)”, vimos que os trabalhadores superaram sua direção e estão agora em meio a uma greve fortíssima e a nossa tarefa é fortalecer a unidade para derrotar o governo.

Unificar as categorias em luta!

As principais campanhas salariais do segundo semestre estão no auge. Bancários e trabalhadores dos Correios estão em greve. Contudo, podíamos ter campanhas muito mais fortes. Os bancários deflagraram paralisação porque estão indignados com os lucros dos banqueiros contra os baixos reajustes oferecidos, mas a direção governista (CUT) queria uma saída que lhes permitisse evitar um enfrentamento com os banqueiros e com o governo Dilma.

Na Petrobrás, as negociações mal começaram e a FUP (CUT) aceitou uma antecipação apenas do valor da inflação. Lamentável! Isto joga contra a luta.

A nossa tarefa é unir todos contra os banqueiros, os patrões e o governo; fortalecer as greves e unificar as nossas ações. Construir atos, passeatas e mobilizações unificadas pra derrotá-los e arrancar as nossas conquistas. Para isso é necessário romper com o governo, resgatar a independência política e financeira frente a eles e apostar na ação direta de nossa classe. A CSP-Conlutas seguirá a disposição desses trabalhadores em luta.

Mulheres ecetistas precisam fortalecer a mobilização!

O salário das mulheres ecetistas não cresceu com o mesmo ritmo do aumento de seu trabalho. Desde 2007, o número de trabalhadores contratados pela empresa vem diminuindo a cada ano e da década passada para cá, a quantidade de objetos distribuídos por trabalhador da empresa de Correios também não parou de aumentar.

Quanto mais precarizado o trabalho, mais mulheres fazem parte da categoria. O machismo e o preconceito fazem com que as mulheres tenham as piores condições de trabalho e os piores salários e sujeitas a situações de assédio moral e sexual nos locais de trabalho. Já está sendo feita a batalha para exigir que a ECT garanta punição, mas ainda são inúmeros os casos em que nada acontece e as trabalhadoras têm que levar para casa o desgosto da humilhação e do constrangimento.

Combinar esse trabalho duro com as responsabilidades domésticas que são impostas as mulheres é muito difícil. Estas realizam todos os dias uma dupla jornada de trabalho e não recebem nenhum direito que acabe com essa situação. Nessa campanha, a categoria ecetista está reivindicando o “auxílio creche” para todos os filhos e filhas até o sétimo ano de vida e a transformação desse auxílio em “auxílio educação” após esse período.

Essa batalha é muito importante, porque a dificuldade em garantir a matrícula dos filhos (as) em creches ou escolas é um dos maiores motivos que fazem as mulheres largarem o emprego. Essa situação não pode continuar!

A primeira presidenta mulher do país está tratando as ecetistas com muito desrespeito, pois além de não garantir o reajuste dos trabalhadores dos Correios e seus direitos está orquestrando a criação da Correios S.A., cuja conseqüência vai ser mais precarização, terceirização e menos direitos. Mesmo sendo mulher, Dilma virou inimiga das trabalhadoras dos Correios.

A força da luta das mulheres tem condições que fazer a greve ficar cada vez mais forte. Não podemos deixar o machismo e o preconceito dividir a categoria, precisamos unir mulheres e homens ecetistas contra o governo, verdadeiro inimigo que discrimina as mulheres e explora todos os trabalhadores.

BRB (Banco de Brasília) oferece 17,45% de reajuste e estabelece novo patamar

Em resposta à insistência dos representantes dos funcionários, o BRB evoluiu sua contraproposta anterior, apresentada na última sexta-feira (23), elevando o piso inicial para R$ 1.900,00.

a) Reajuste de 17,45% no Vencimento Padrão Inicial vigente em setembro/2010, com reflexos nos demais. O mesmo reajuste será aplicado sobre complemento pessoal de vencimento padrão, qüinqüênios, anuênios e demais vantagens pessoais. Em razão do BRB haver adiantado em março/2011 um reajuste de 3,85%, o BRB aplicará agora um reajuste adicional de 13,60%;

b) Reajuste de 22,18% na Cesta Alimentação;

c) Reajuste de 8,35% no Vale refeição, elevando tal verba para R$ 564,00;

d) Reajuste de 24,17% na Gratificação de Caixa vigente em setembro/2010, elevando a mencionada Gratificação para R$ 1.117,53. O complemento pessoal da atividade de caixa também será reajustado no mesmo patamar;

e) Os valores de referência e a tabela de funções serão corrigidos em 8,5%;

f) Reajuste de 8,5% nas demais verbas salariais e sobre todos os benefícios, exceto o auxílio funeral, cujo valor ficará mantido em R$ 5.443,97; e,

g) Redução da jornada em 1 hora para as mães, desde o sexto mês de nascimento até um ano, visando alongar e facilitar a amamentação.

O Banco contrapropôs ainda a redução dos juros do cheque especial dos funcionários para 3,8% a. m., taxa ainda muito elevada.

O Banco contrapropôs também a renovação da cláusula que regula a isenção de tarifas para os funcionários e aposentados do BRB.

O Banco se comprometeu a discutir a implementação de uma solução para as 7ª e 8ª horas.

O Banco também se comprometeu a implantar o novo PCCR sobre a base de remuneração atualizada pela presente negociação, com pagamento de um abono para indenizar ou compensar o atraso na referida implementação.

Decisão da Justiça impede desconto dos dias da GREVE no RJ

Atendendo a uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato, a desembargadora Mônica Torres Brandão, da 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu a favor do direito de greve da categoria, condenando qualquer medida discriminatória ou de retaliação contra os trabalhadores que aderirem e participarem do movimento grevista.

Na decisão, a desembargadora argumenta que “a garantia constitucional do direito de greve está em consonância com o princípio da dignidade humana e com o valor social do trabalho, além de estar assegurado no artigo 9º da Constituição Federal”. A decisão inclui como forma de retaliação o desconto dos dias parados e só permite a compensação através de negociação entre sindicatos e a entidade patronal.

Boletim MNOB - BA: É GREVE!

sábado, 24 de setembro de 2011

Bancários da Bahia dão resposta à ameaça de punição e preparam GREVE para o dia 27



 Categoria diz não à compensação e ao desconto dos dias de greve

Na assembleia realizada na última quinta-feira (22), no ginásio dos bancários da Bahia, a categoria deu uma resposta à ameaça dos bancos e do governo que insistem na tentativa de intimidação dos trabalhadores que estão em campanha salarial. A proposta apresentada pelo MNOB , votada e aprovada por ampla maioria, desautoriza a aceitação de acordo coletivo que contenha a compensação ou o desconto dos dias de Greve.
Cansados de tanta enrolação nas mesas de negociação e sabendo que o lucro dos bancos é capaz de atender nossas reivindicações, não aceitaremos qualquer tipo de punição nesta campanha salarial. Parece inacreditável, mas o BB diz  que não há sobras no lucro do Banco para atender nossas reivindicações. Querem agora nos convencer de que há sobras em nossos baixos salários para o desconto dos dias de uma greve cuja culpa não é nossa?! Nem pensar!
É preciso derrotar a política de retaliação do Governo Dilma
Na última quinta-feira, o Ministro das comunicações Paulo Bernardo (PT) determinou o corte do ponto dos funcionários dos Correios em Greve. Os trabalhadores, indignados com a medida, responderam com a continuidade e o fortalecimento da mobilização (Confira o post abaixo). 
Já na campanha salarial dos bancários, o governo utiliza o BB para tentar intimidar a categoria com ameaças infundadas. Precisamos nos espelhar nos funcionários dos correios, nos solidarizar com a sua luta e somar forças para derrotar a intransigência nas negociações e a política de retaliação do Governo. É um absurdo tratar os trabalhadores como se vagabundos fossem! Nossa luta é justa e não vamos nos intimidar com ameaças!
Sindicato da Bahia precisa estar do nosso lado, fortalecendo nossa luta e de outras categorias
A votação que fizemos na última assembleia tem um significado importante para todas as campanhas salariais deste segundo semestre. O MNOB está lutando em todo o país para impedir acordo salarial que contenha compensação ou o desconto dos dias de greve.
No entanto, se o sindicato não estiver do nosso lado nessa luta teremos mais dificuldades para frear a ganância dos banqueiros e a insensibilidade do governo. Infelizmente a diretoria do sindicato não divulgou a proposta que votamos. Exigimos que isso seja revisto o quanto antes, publicando o conteúdo da votação no site, no jornal e no programa de tv do sindicato. Isso fortaleceria nossa luta contra as ameaças.
O Sindicato da Bahia também não pode ficar refém daquilo que a CONTRAF/CUT determina no Comando Nacional. É preciso ter independência em relação aos pelegos da CUT. Além disso, é preciso tomar iniciativas que pressionem o governo para abonar os dias de greve dos trabalhadores dos correios e para impedir novas ameaças por parte da diretoria do BB.

VIVA A LUTA DE TODOS OS TRABALHADORES EM CAMPANHA SALARIAL!
SE O LUCRO DAS EMPRESAS CRESCEU, OS TRABALHADORES QUEREM O SEU!
NENHUMA RETALIAÇÃO AOS TRABALHADORES EM GREVE!

NOVA PROPOSTA RIDÍCULA DA FENABAN É DE 8,0%: TODOS À ASSEMBLÉIA DO DIA 26!!!

Greve nos Correios continua e trabalhadores aprovam contraproposta nas assembléias

Fonte: CSP Conlutas (23/09/2011)


A greve dos trabalhadores dos Correios continua forte em todo o país, mesmo tendo sofrido um ataque da direção da empresa na última segunda-feira ao descontar dias dos grevistas. Se o objetivo da ação era intimidá-los e fazer com que votassem ao trabalho, o tiro saiu pela culatra. Os trabalhadores ficaram mais raivosos com a iniciativa da empresa e mantiveram a greve forte, além de ampliá-la a cidades que ainda não haviam paralisado as atividades.

Essa greve é legítima e é em resposta a mísera proposta apresentada de conceder somente R$ 50,00 de aumento real e apenas em janeiro do ano que vem. É preciso repudiar mesmo!

Para negociar, a ECT exigiu uma contraproposta. Assim, nesta quinta feira (22), os trabalhadores aprovaram nas assembléias de todo pais a contraproposta que partiu das seguinte exigências: aumento real, já!, não aceitar nem uma proposta rebaixada, e muito menos para janeiro, nenhum desconto dos dias parados, nenhum tipo de retaliação aos grevistas.

Para os trabalhadores é um absurdo que o governo Dilma e toda a direção da ECT, que hoje é amplamente do PT, e que tem como presidente um ex-sindicalista fazer o que os agentes do PSDB e do DEM ou mesmo a mais truculenta e atrasada patronal faz. Eles agiram de forma desprezível ao mandar antecipar o pagamento e descontar os dias dos trabalhadores em greve. Além, é claro, da presidente ter sancionado a MP-532 que privatiza os Correios.

Contraposta da categoria:

- Reposição da inflação de 7,16%, calculados pelo IPCA;
- Reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 à 2010;
- Piso salarial de R$ 1.635,00;
- Aumento linear de R$ 200,00;
- Vale alimentação/refeição de R$ 28,00;
- Vale-cesta de R$ 200,00
- Vale extra em Dezembro/2011 no valor de R$ 750,00;
- Portaria para Motociclista e Motorizado no valor de R$ 500,00;
- Diferencial de mercado para todos os trabalhadores(as) no valor de R$ 180,00;
- Auxílio creche para todos os trabalhadores(as), até o sétimo ano de vida de seus filhos e, após essa idade, ser transformado em auxílio educação no valor de R$ 500,00;
- AADC para todos os Motoristas;
- Não contratação de mão de obra terceirizada;
- Contratação imediata dos concursados;
- Não desconto dos dias parados em decorrência da greve;
- Abono dos dias de paralisação ocorridas nos estados Rio Grande do Sul, em10/08/2011, e Piauí, em 31/08/2011.
- Nenhuma retaliação aos grevistas






Trabalhadores da Embraer entram em greve

Nesta Campanha Salarial, os metalúrgicos lutam pelo reajuste salarial de 17,45%, sendo 9,75% de aumento real


Fonte: Sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos  (22/09/2011)


Os metalúrgicos do 1º turno da Embraer, unidade da Faria Lima, em São José dos Campos, aprovaram, na manhã desta quinta-feira, dia 22, a realização de uma greve por 24 horas. Logo após a assembleia, por volta das 7h, os trabalhadores saíram em passeata até o Jardim Paulista.

Cerca de três mil trabalhadores participaram da manifestação. Uma nova assembleia vai acontecer na entrada do segundo turno, a partir das 15h.

Esta é a primeira greve realizada pelos metalúrgicos da Embraer em pelo menos dez anos e é resposta à intransigência da empresa, que se recusa a iniciar negociações imediatas pela Campanha Salarial com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a antecipar a data-base de novembro para setembro, a exemplo do que já ocorre em toda a categoria.

Nesta Campanha Salarial, os metalúrgicos lutam pelo reajuste salarial de 17,45%, sendo 9,75% de aumento real, direito a eleição de Delegados Sindicais e melhores condições de saúde e segurança para os trabalhadores.

Entre as principais reivindicações também está a redução da jornada para 40 horas semanais. Atualmente, a Embraer pratica 43 horas, uma das maiores da região e a maior do mundo entre as empresas do setor aeronáutico.

Na última segunda-feira, os trabalhadores votaram estado de greve e deram prazo de 48h para a empresa responder às reivindicações.

“Não vamos aceitar que a Embraer tente novamente empurrar a data-base para dissídio, e nem que venha apenas com reposição da inflação. Esta greve é para mostrar para a empresa que os trabalhadores estão insatisfeitos e que não aguentam mais essa jornada excessiva. Aqui, ninguém está para brincadeira. Os metalúrgicos vão lutar por seus direitos e a empresa terá de respeitar isso”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.

Atualmente, as negociações do setor aeronáutico são feitas entre a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Sindicato dos Metalúrgicos. Os trabalhadores exigem que as negociações passem a ser direto com a Embraer, maior empresa do setor. Somente em São José dos Campos, a fabricante de aviões possui cerca de 12 mil funcionários.



Passeata


Os trabalhadores fizeram uma passeata da entrada Embraer até o Jardim Paulista, que durou cerca de 2 horas. No trajeto, houve manifestações de apoio, como um “buzinaço” de carros e motos. A passeata terminou por volta das 9h.

“Essa grandiosa manifestação vai mostrar para a população de São José dos Campos que a Embraer não é essa empresa que todo mundo sonha. Esta passeata é um fato histórico que será visto e lembrado por todos. Estamos mostrando que não vamos nos calar e que, se não tiver negociação, uma nova greve pode ser deflagrada”, afirma Herbert.

Bancária da Caixa desmistifica informações de O Globo sobre a categoria



Ana Maria Leite Paulo *

http://www.bancariosma.org.br/paginas/noticias.asp?p=2243

SÃO PAULO - Há poucos dias li um artigo no jornal “O Globo” afirmando que as distorções salariais dos servidores públicos já haviam sido corrigidas nos últimos anos e que estava na hora de os servidores públicos da CAIXA, PETROBRÁS, BB, dentre outros, darem a contrapartida liberando o dinheiro público para investimentos. Numa única reportagem, aparecem vários equívocos. Primeiramente, os empregados dessas empresas não se enquadram na categoria de servidor público. Em segundo lugar, os empregados dessas instituições dão sim, todos os anos, sua contrapartida, gerando milhões de reais em lucros que são repassados diretamente para o Tesouro Nacional.

Como o momento é de reajuste da categoria bancária, analisemos apenas os lucros dos dois bancos citados. Nos últimos cinco anos (2006-2010), o BB gerou lucros de R$ 41,752 bilhões, e a CAIXA, lucros da ordem de R$ 15,59 bilhões, no mesmo período. Não nos esqueçamos que a CAIXA é a grande executora dos programas sociais do Governo Federal, logo seu foco principal não é o lucro.

O outro grande equívoco da reportagem citada é com relação à suposta alegação de que as distorções salariais já teriam sido corrigidas.

Para desmistificar essa idéia, basta verificar que a inflação dos últimos 15 anos (1995-2010) foi de 220,4%., enquanto que o empregado da CAIXA teve aumento de apenas 85,6% no mesmo período. Os salários do pessoal da CAIXA, portanto, sofreram uma defasagem de 134,8% pelo índice oficial do governo.

O salário mínimo, por outro lado, foi contemplado com reajustes recordes de 445% no mesmo período, tendo superado a inflação em 224,6 %.

Para não atrelarmos o valor do salário da CAIXA apenas ao salário mínimo, compare-mo-lo com o preço do sanduíche Big Mac que é coletado e utilizado pela revista The Economist para a construção do índice Big Mac que serve para aferir o grau de valorização das moedas ao redor do mundo. Nos últimos quinze anos, o preço do Big Mac subiu, no Brasil, 392,56%, portanto, 172,16% acima da inflação. Usando essa referência, um empregado da CAIXA podia comprar 413,22 Big Macs, por mês, em 1995. Hoje, ele compra apenas 195,45 Big Macs/mês.

Fica demonstrado assim, que os salários dos empregados da CAIXA sofreram enorme defasagem nos últimos quinze anos. É bom lembrar que quinze anos, representam praticamente metade do tempo de serviço para a aposentadoria e que, normalmente, nesse tempo avança-se na carreira, ocupando–se funções que exigem cada vez mais responsabilidades. O que se vê, no entanto, é que o crescimento do salário do empregado da CAIXA não correspondeu ao acúmulo de experiências e à passagem do tempo.

Assim, ao ler a referida reportagem, não pude deixar de lembrar a famosa frase que diz que “uma mentira dita muitas vezes se torna uma verdade”. Ainda bem que existem os dados para comprovar a verdade: os bancários da CAIXA continuam sofrendo uma enorme defasagem salarial. Precisamos lutar para conseguirmos reaver um pouco da nossa dignidade e a justa retribuição pelos serviços prestados à sociedade.

Qual a única forma de sermos ouvidos? Fazendo greve!

*Ana Maria Leite Paulo é empregada da Caixa Econômica Federal e Pós-Graduada em Administração Financeira.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Saiu a proposta rebaixada da FENABAN

Reajuste Salarial - Sobre agosto de 2011 - 7,80%

Com este reajuste pífio o salário base da categoria ficaria assim:

Piso

Contínuo - R$ 856,99

Escriturário - R$ 1.229,06

Salário Caixa - R$ 1.565,04

Salário após 90 dias / Piso

Contínuo - R$ 938,77

Escriturário - R$ 1.347,50

Salário Caixa - R$ 1.842,36

Outras Verbas Salariais

Vale Refeição /Alimentação - R$ 430,54

Auxílio Cesta Alimentação - R$ 335,36

Auxílio Creche / Babá - R$ 281,71

Indenização p/ morte - R$ 96.388,07

PLR- Participação Lucros nos e Resultados

Regra Básica Percentual Salário - 90%

Parcela fixa - R$ 1.186,66 + R$ 7.741,12 (limitado a 2,2 salários )

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ATENÇÃO: ASSEMBLEIA DIA 22 (QUINTA-FEIRA)



EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


O SINDICATO DOS BANCÁRIOS DA BAHIA, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 15.245.095/001-80, Registro Sindical nº. 100.085.15147-1, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancárioas dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a assembleia geral extraordinária a ser realizada dia 22/09/2011, às 18h30, em primeira convocação, e às 19h, em segunda convocação, no Ginásio Esportivo do SBBA, na Rua Tuiuti, 193, Aflitos, Salvador-BA, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1. Avaliação e deliberação sobre a contraproposta apresentada
pela FENABAN na reunião de 20/09/2011, à minuta de reivindicações entregue em 12/08/2011;

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo
indeterminado;

Salvador, 16 de setembro de 2011.

Para atender nossas reivindicações o cenário econômico não é propício, mas para empurrar empréstimos...



BB vai elevar em R$ 79 bilhões crédito para pessoa física

19/09/2011  Por Cristiano Romero e Mauro Zanatta

Valor BRASÍLIA - Confiante no bom desempenho da economia nos próximos meses, o Banco do Brasil decidiu elevar, em R$ 79 bilhões, a oferta de crédito para pessoa física no último trimestre do ano. Os recursos serão emprestados nas modalidades de empréstimo consignado, financiamento à compra de automóveis e crédito direto ao consumidor (CDC). Até junho deste ano, o estoque de crédito somava R$ 122,6 bilhões.

Do total a ser liberado, R$ 48 bilhões serão oferecidos nos segmentos de consignado e CDC. O BB definiu o público-alvo desses recursos a partir de sua própria base de clientes, utilizando o sistema de CRM (sigla em inglês de Customer Relationship Management). Por meio desse sistema, o banco cruzou informações de origens distintas e identificou potenciais tomadores de crédito.

O banco estatal investiu este ano R$ 100 milhões na montagem do CRM. Além disso, está aplicando R$ 1 bilhão na reforma de agências, R$ 200 milhões na modernização da plataforma de computadores e equipamentos, R$ 350 milhões no aumento da velocidade das redes de processamento e R$ 700 milhões no aumento do número de empregados (de 60 para 70 mil).

Com base no CRM, dos 55 milhões de clientes do BB, 13 milhões são propensos a tomar crédito e hoje apenas cinco milhões têm empréstimos com o banco. Dos oito milhões restantes, 3,8 milhões, segundo informou ao Valor o vice-presidente do BB, Paulo Caffarelli, “estão limpos”, isto é, não entraram no cheque especial nem tomaram outras formas de empréstimo. Esses clientes já começaram a ser procurados pelo BB.

“Nossa meta é aumentar a rentabilidade da base de clientes”, disse Caffarelli. O aumento da carteira de crédito de PF desejado pelo BB é expressivo. Equivale a 64,4% da atual carteira. “Nunca estivemos tão preparados para fazer esse movimento.”

Com a decisão, o BB mostra que os grandes bancos não estão tirando o pé do acelerador e que, portanto, a demanda da economia segue aquecida. De julho de 2010 a junho de 2011, a carteira de pessoa física do banco estatal cresceu 21,2%, bem acima do limite projetado pelo Banco Central para este ano – de 15%. No mesmo período, o financiamento de veículos saltou 34,1%, o CDC cresceu 19% e o crédito imobiliário, 100%.

(Cristiano Romero e Mauro Zanatta - Valor)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CALENDÁRIO DE NEGOCIAÇÕES (Atualizado)

Mesa Única da Fenaban

1° Rodada: 30 e 31 de agosto - Emprego e reivindicações sociais

2° Rodada: 05 e 06 de setembro - Saúde e condições de trabalho

3° Rodada: 12 de setembro - Remuneração

4° Rodada: 20 de setembro - Remuneração (Proposta dos Bancos)


Negociações específicas com os Bancos Públicos

- 2 de setembro: Caixa e Banco do Nordeste

- 8 de setembro: Caixa

- 9 de setembro: Banco do Brasil e Banco da Amazônia
Confira post sobre negociação com o BB

- 14 de setembro: Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste
Confira post sobre negociação com a Caixa

- 16 de setembro: Banco da Amazônia

- 20 de setembro: Banco do Brasil

- 21 de setembro: Caixa

Assim como a Fenaban e BB, Caixa trava negociações

Como já era esperado, não deu em nada a rodada de negociação entre bancários e a Caixa Econômica Federal realizada nesta terça-feira (13).


Sem apresentar nenhuma novidade, o banco limitou-se a dizer que só deverá mostrar alguma proposta após analisar a sugestão da Fenaban.

O pior é que a Caixa já sinaliza ser contrária a itens reivindicados pelos empregados como: isonomia de direitos e o fim da discriminação dos empregados que continuam na Reg/Replan.

A única forma de combater essa postura inflexível da Caixa é intensificar a mobilização, pois o banco, ao ignorar esses temas, já comprovou que não respeita seus empregados e que não avançará facilmente nas negociações.

Uma nova reunião está pré-agendada para a próxima semana, após a negociação com a Fenaban.

Encontro

Na próxima terça-feira (20), em Brasília, os empregados da Caixa estarão reunidos no Encontro Nacional pela Isonomia. O objetivo é estender para os bancários admitidos após 1998, os direitos à licença prêmio e o anuênio que os demais empregados do banco já possuem.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Maranhão (MNOB)

Trabalhadores dos Correios deflagram greve em todo o país contra a proposta rebaixada da empresa

Assembléia de Greve em São Paulo reuniu cerca de 4000 trabalhadores

Greve por tempo indeterminado! Essa foi a resposta que os trabalhadores dos Correios deram à direção da empresa na noite desta terça-feira (13), em assembléias realizadas por todo país. A categoria deixou explicito que não aceitará a proposta rebaixada da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) de apenas R$ 800 de abono sem aumento real.


Dos 35 sindicatos filiados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios), 34 já informaram que estão em greve. As assembléias expressaram a disposição de luta. Em São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, havia mais de 6 mil trabalhadores decididos pela greve.

Para um dos representantes da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), que faz oposição à Fentect, Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, a empresa, após 50 dias de enrolação, acreditou que propondo um abono de R$ 800, a se pago na sexta-feira próxima, dia 16/09, iria desmobilizar os trabalhadores e evitaria a paralisação. “A ECT quebrou a cara, a categoria não só repudiou a proposta da empresa como demonstrou nas assembléias que não vai aceitar proposta rebaixada”, enfatizou Rodrigues.

Segundo o membro da FNTC, os sindicatos governistas ligados à CUT e à CTB, pressionados pela a categoria, tiverem de dar um “giro à esquerda” e radicalizar. “Sabemos que vão tentar acabar com a greve o mais rápido possível. Os sindicatos da FNTC foram os primeiros a decretar a greve e rejeitar a proposta rebaixada da empresa e seguiremos com esta postura até que nossas reivindicações sejam atendidas”, finalizou.

A empresa até o momento não apresentou nova proposta para a categoria. Nesta quarta-feira (14) acontece nova assembleia nacional para dar encaminhamentos à greve.

Com informações de Geraldo Rodrigues membro da FNTC

Trabalhadores da Construção Civil continuam Greve histórica em Belém/PA


Noventa por cento das obras paralisadas e participação de mais de 3 mil trabalhadores em passeata realizada nesta terça-feira (13). Esta é a resposta que os operários da construção civil de Belém (PA) estão dando aos empresários e donos de construtoras.


A truculência policial, que terminou na prisão de dois companheiros, não intimidou a categoria que decidiu em assembleia continuar a greve que já dura oito dias.

Segundo informações do membro da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, durante a passeata, toda obra que tinha algum operário trabalhando era paralisada. “Hoje foi um dos dias mais forte de mobilização. Esses trabalhadores demonstram sua disposição e seguem firmes em busca de suas reivindicações”, informa Lopes, acrescentando que os empresários seguem ignorando o movimento.



De acordo com a grande imprensa, seis representantes da categoria chegaram a ser recebidos por diretores do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará), porém ainda não haviam analisado a contra proposta feita pelos trabalhadores durante a última reunião, que ocorreu na quinta-feira passada.

A categoria apresentou uma contra-proposta aos empresários. Os valores propostos inicialmente para negociação, R$ 1.000 para os pedreiros, foram para R$ 950. No caso dos serventes, de R$ 680,00, para R$ 670,00.

A cesta básica, cuja exigência inicial era de R$ 150,00, a proposta agora é de R$ 80,00. Os trabalhadores pedem também plano de saúde para a categoria, além de 10% de vagas reservadas para as mulheres.

Atualmente os pedreiros ganham R$ 800,00; serventes, R$ 570,00, sendo que, com a proposta de reajuste de 10% dos empresários, esses valores ficariam em R$ 880,00 e R$ 630, respectivamente.

Fonte: CSP Conlutas com informações do Diário do Pará

Metalúrgicos da GM aprovam 10,8% de reajuste e abono


Vitória veio após intensa mobilização da categoria

Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, aprovaram nesta segunda-feira, dia 12, o reajuste salarial de 10,8% a partir de 1º de setembro, o que representa 3,2% de aumento real mais inflação, além de R$ 3 mil de abono e ampliação de cláusulas sociais. Uma nova assembleia acontecerá ainda hoje com os trabalhadores do segundo turno.

A conquista é resultado da mobilização dos trabalhadores da GM, que chegaram a parar a produção por 24 horas, no dia 6, para que a montadora ampliasse as propostas apresentadas na mesa de negociação. Na ocasião, a empresa havia oferecido apenas 9,4% para novembro e R$ 2 mil de abono.



O reajuste de 10,8% será aplicado aos salários de até R$ 7.700. Para quem recebe acima desse valor, será pago um fixo de R$ 816,74. O piso passa de R$ 1.423 para R$ 1.574,12. O abono será pago já em setembro.

O acordo conquistado pelos metalúrgicos de São José dos Campos é superior ao fechado entre as montadoras e os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e de Taubaté, filiados à CUT, que aceitaram o aumento real de 2,4%, abono de R$ 2.500 e negociação apenas a cada dois anos.

Cláusulas sociais

Além do reajuste e abono, os trabalhadores da GM conquistaram licença maternidade de 180 dias para mães adotantes, licença casamento estendida aos trabalhadores com união estável, estabilidade de dois meses após a volta da licença maternidade, reajuste do auxílio-creche e renovação das cláusulas que garantem estabilidade para lesionados e adicional noturno de 30%. Antes mesmo do início das negociações, a GM já havia proposto a retirada das duas últimas cláusulas.

Nos próximos 90 dias, Sindicato e montadora continuarão as discussões sobre a eleição de Delegados Sindicais, uma das mais importantes reivindicações da categoria nesta Campanha Salarial. Eleger delegados é um direito já previsto pela Constituição Federal, mas ainda não cumprido pela maioria das empresas.

“Para conquistar delegados sindicais na GM os trabalhadores enfrentarão uma nova batalha. Esta é uma luta de extrema importância para toda a categoria. Os delegados serão um elo entre os trabalhadores e o Sindicato e quanto mais delegados tivermos na fábrica, mais força teremos para lutar”, afirma Vivaldo Moreira Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas.

“Esta foi uma campanha em que, mais uma vez, os trabalhadores das GM deram exemplo de luta. Apesar de todo discurso dos empresários e do governo federal para que não houvesse aumento real de salário, os metalúrgicos não se intimidaram, foram pra cima e conseguiram garantir seus direitos. Agora, essa mesma força será estendida aos metalúrgicos dos outros setores, como autopeças e eletroeletrônicos”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates.

Fonte: SindmetalSJC

Foto: SIndemtalSJC

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Atendendo orientação do Governo Dilma, BB diz NÃO a tudo na primeira negociação específica

Na última sexta-feira, dia 09/09, ocorreu a primeira reunião de negociação específica entre os representantes do BB e a Contraf/CUT. Apesar de sua importância, os temas jornada e emprego, saúde e condições de trabalho foram tratados pelo banco com descaso e arrogância.
Negociadores do BB na reunião do dia 09/09

Refletindo a orientação do governo de endurecer nas campanhas salariais, o Banco do Brasil afirmou em comunicado após a negociação que “o resultado do Banco tem sido bom, mas não tem sobras”. Um tapa na cara dos funcionários que foram os responsáveis pela alta lucratividade do Banco e que agora estão vendo suas reivindicações específicas serem negadas.

Estudo que não acaba nunca

A falta de respeito é demonstrada com a conhecida enrolação para essas negativas. Para a diretoria do BB, as reivindicações estão sempre em análise, em discussão interna ou em estudo, a exemplo da jornada de 6h para os comissionados.

Apesar de ter perdido várias ações na justiça, o banco se nega a apresentar proposta sobre o tema durante a campanha salarial. Mais uma vez,  promete a conclusão de estudos para divulgar um posicionamento. O que o BB quer, na verdade, é apresentar uma proposta limitada a poucos cargos e com redução de salário, sem qualquer discussão com os funcionários e fora da campanha salarial para tentar evitar mobilizações.

Dois pesos e duas medidas

Como se vê, a diretoria do BB não parece dar tanta importância ao estudo do artigo da CLT que garante a jornada de 6h para os bancários, mas quando o assunto é negar nossas reivindicações a legislação se torna muito útil. Nossa pauta defende a inclusão dos 15 minutos de descanso dentro da jornada de 6h, como funciona na Caixa Econônica Federal.

O BB disse não a essa reivindicação com apenas uma frase: “o Banco cumpre a CLT”. Quer dizer que para negar a inclusão dos 15 minutos a CLT serve, mas quando é pra atender a jornada de 6h ela não presta?!

Assédio Moral como política de gestão

Para o banco, segundo a nota divulgada, os instrumentos para o combate ao assédio moral já estão implantados: O Comitê de Ética e a Ouvidoria Interna. Com essa justificativa o banco diz que não incluirá novas ações no Acordo Coletivo. Parece até piada!

O Comitê de Ética, como alertávamos, não vem sendo capaz de coibir o assédio moral. Possui um único representante dos funcionários em sua composição e nunca se reúne para discutir e apurar os casos. Já a Ouvidoria Interna trata as denúncias feitas pelos funcionários com mera formalidade e inclusive já foi palco da prática de assédio (Confira aqui). Quem não conhece algum colega frustrado por ter sua denúncia na Ouvidoria arquivada sem nenhuma apuração?

A omissão e a falta de medidas concretas por parte do banco mantém o ambiente fértil para a utilização do assédio moral como prática recorrente dos gestores. E com a caminhada a passos largos do Banco do Brasil para uma lógica de mercado os casos tendem a aumentar.

Se o lucro do Banco cresceu, o bancário quer o seu



Com tanta intransigência parece que o BB está falindo ou está muito insatisfeito com a "produtividade" de seus funcionários. Nem uma coisa e nem outra. Além de o Banco lucrar, e muito, esse resultado não seria possível sem o alto grau de exploração que sofremos no local de trabalho.

Arrocho salarial, meta em cima de meta, aumento do ritmo do trabalho, monitoramento excessivo, adoecimento, etc, etc. Esse é o cotidiano de um funcionário do Banco do Brasil, cujo lucro passou dos 6 bilhões no último semestre. E agora querem nos convencer que sairemos com a mão abanando nesta campanha salarial?!

O governo Dilma e a dureza nas negociações

O resultado da primeira negociação do BB reflete o quem vem acontecendo nas reuniões com a Fenaban. Nas demais empresas estatais não é diferente. Trabalhadores dos Correios e da Petrobrás preparam suas greves diante da intransigência nas negociações.

A presidente Dilma e o ministro da fazenda Guido Mantega mandaram um recado para os trabalhadores, afirmando que “é hora de apertar o cinto” e de que “não é o momento para reajuste salarial”. Nós devolveremos o recado com uma forte greve, mostrando que não estamos dispostos a fazer sacrifícios por crise alguma. A economia está crescendo, assim como o lucro dos bancos e a arrecadação do governo. Nosso sacrifício já fazemos no dia a dia e agora queremos o que é nosso.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Inflação: setor financeiro e grande imprensa pedem queda nos salários e mais aumento de juros


Os jornais de hoje defendem mais um aumento na taxa de juros (que já é a maior do mundo), sob a eterna justificativa de que a inflação estaria subindo devido a um aquecimento da demanda, causada por uma também suposta alta dos salários. Ou seja: na visão da grande imprensa, os trabalhadores seriam os culpados pela inflação, e teriam de aceitar salários menores, e o Banco Central deveria aumentar ainda mais os juros, para “desaquecer” a economia.

Porém, analisando-se os dados da inflação (IPCA/IBGE) nos últimos 12 meses, e ponderando-se cada item pelo seu peso na cesta de consumo dos brasileiros, verificamos que nada menos que 70% da inflação do período se devem a fatores que não possuem relação com os salários ou taxa de juros:

- alta no preço dos alimentos, em um contexto de forte especulação internacional com as commoditties agrícolas, e a falta de políticas governamentais de reforma agrária, estoques reguladores, comercialização direta produtor-consumidor e tributação das exportações;

- alta do aluguel, que a atual legislação permite que seja indexado ao questionável índice IGP-M, que acusa taxa de inflação bem maior que o IPCA;

- taxas residenciais, como água, esgoto e energia, que são administradas pelos próprios governos;

- transportes, devido à alta das tarifas de ônibus (administradas pelos próprios governos) e fortes aumentos dos combustíveis, provocado também pela alta dos alimentos (no caso, o açúcar, que leva os usineiros a produzirem este produto no lugar do álcool) e aos altos lucros da Petrobrás;

- serviços privados de saúde e ensino (infantil, fundamental, médio, superior e supletivo), cujos reajustes são administrados pelo governo, que deveria prover saúde e educação gratuitas e de qualidade a todos os brasileiros, mas não o faz devido à priorização dos pagamentos da dívida.

Portanto, verifica-se que a maior parte da inflação dos últimos 12 meses não pode ser combatida com alta nos juros ou queda nos salários. Mas o setor financeiro e seus analistas continuam reivindicando mais uma alta de juros, com seu suposto intuito patriótico de proteger o povo da inflação, esquecendo-se de que eles mesmos aumentaram os serviços bancários em nada menos que 12,10% no período, ou seja, quase o dobro da média da inflação no período.


Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

Veja também: Inflação oficial acumulada em 12 meses é a maior desde 2005
                     Frutas e carnes ficam mais caras, e IPC-S acelera em agosto, diz FGV

sábado, 3 de setembro de 2011

Banqueiros lucram como nunca e categoria vai à luta por direitos


    A palavra de ordem “O lucro do Banco cresceu agora eu quero o meu”, sintetiza a política do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) que é ligado a CSP-Conlutas, na campanha salarial 2011 cuja data base é 1° de setembro.

    Nesta campanha os bancários enfrentam o arrocho salarial, o crescimento inflacionário, o ritmo alucinante da jornada de trabalho, o endividamento, reflexos diretos da política econômica do Governo, que privilegia o setor financeiro e ataca os trabalhadores e a maioria do povo.

    Dilma e os banqueiros ameaçam a categoria com a crise internacional para tentar impor o arrocho salarial e anunciando também que as estatais não deverão conceder “aumento real”. Mas não existe crise hoje no Brasil, com os bancos (incluindo os públicos) tendo lucros altíssimos. É fato que a categoria está atenta ao desenrolar da crise econômica mundial, mas não vão abrir mão de salários e mais direitos.

   O sistema financeiro obteve 500% de lucratividade nos dois mandatos de Lula (de R$ 34 bilhões, nos dois governos de FHC, para R$ 170 bilhões nos de Lula) enquanto a categoria obteve 56% de reajuste. Os bancários percebem a realidade de crescimento econômico e dos altíssimos lucros dos bancos e tem feito fortes movimentos grevistas nos últimos anos.

   Neste 1° semestre, todos os bancos continuam a bater recordes. O Bradesco anunciou R$ 5,4 bilhões de lucro superando em 21,7% do mesmo período do ano passado. O Banco do Brasil, R$6,2 bilhões, a Caixa Econômica Federal R$1,7 bilhões, o Itaú Unibanco R$ 7,1 bilhões e o Santander R$ 4,1 bilhões (25% do seu lucro mundial). E esta tendência se mantém. O crédito bancário subiu para R$ 1,85 trilhão, diz o Banco Central, com um volume total atingindo 47,3% do PIB. Estes dados se contrastam com as perdas de 98,62% na Caixa Econômica Federal, 86,68% no Banco do Brasil e 26% nos privados e um piso de R$ 1.140,00 nos privados e R$1.600,00 nos públicos.

   Reivindicações - Os salários precisam ser valorizados com a reposição das perdas, piso do Dieese e PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de 25% dos lucros linear para todos.

   Outro aspecto da campanha é o combate ao assédio moral. O ritmo e a pressão por metas são generalizados, tornando os problemas psíquicos juntamente com a LER-DORT, as principais doenças profissionais na categoria.

   As pautas específicas também serão parte fundamental da campanha: a luta por 6 horas e o PCS (Plano de Cargos e Salários) no Banco do Brasil, a Isonomia de direitos na Caixa Econômica Federal e a estabilidade nos bancos privados que vêem seus empregados sumirem por conta das fusões e dos cortes administrativos.

   Contra o governismo - Infelizmente, a postura do Planalto Central não deve mudar o apoio irrestrito da Confederação dos Bancários –Contraf-CUT, ao governo. Ao rebaixar a reivindicação em 12% de reposição (inflação e “aumento real”) e não ter mobilizado a categoria até agora sinalizam que vão buscar saídas com proposta rebaixada e algum “avanço” que não implique em grandes custos para os bancos e o governo.

   Por isso, a intervenção do MNOB, é lutar contra a política dos sindicalistas governistas que querem convencer os trabalhadores a rebaixar suas expectativas. Vamos exigir destas direções que rompam com o governo Dilma e lutem contra os patrões e o governo em defesa das reivindicações dos trabalhadores.

   Calendário de mobilização – Definidas as rodadas de negociações (30 e 31/08 – emprego e reivindicações sociais; 5 e 6/09 – saúde e condições de trabalho e 13/09 – remuneração), o MNOB está defendendo o seguinte calendário de mobilização da campanha:

• Manifestações nos locais de trabalho nos dias de negociações;

• Reuniões nos locais de trabalho durante as próximas semanas;

• 13/09 – Dia de luta;

• 14/09 – Assembléia (onde os sindicatos não convocarem o MNOB realizará plenárias);

• 15/09 – Paralisações e/ou greve de 24 horas;

• 20/09 – Assembléias de deflagração de greve;

• 21/09 – Data indicativa de greve.

Por Wilson Ribeiro – Funcionário da Caixa Econômica Federal e militante do Movimento Nacional de Oposição Bancária




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Proposta de orçamento do governo Dilma: Metade para os banqueiros e migalhas para os trabalhadores

Fontehttp://www.divida-auditoriacidada.org.br/

Os jornais de hoje noticiam a proposta orçamentária do governo federal para 2012, que destina 47,9% dos recursos para juros e amortizações da dívida, enquanto os servidores públicos – sempre acusados de vilões do orçamento - apenas ficarão com 9,59%. Todos os demais gastos sociais ficam com 36%, e os investimentos (construção de novas estruturas, como escolas, estradas, etc) ficam com apenas 2,73%, conforme gráfico abaixo:


Projeto de Lei Orçamentária Anual/PLOA - 2012


Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida


A proposta orçamentária prevê um salário mínimo de R$ 619,21 em janeiro de 2012, o que a princípio pareceria um grande aumento. Porém, desta forma, no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2012 (no qual a reposição da inflação já é responsabilidade da Presidente Dilma), o salário mínimo terá um crescimento real médio de apenas 3,6% ao ano, uma média inferior ao do período FHC, quando o mínimo aumentou, em média, 4,7% ao ano em termos reais.


Na realidade, o salário mínimo de R$ 619,21 ainda é muito inferior ao salário mínimo exigido pelo artigo 7º, IV da Constituição, que garante aos trabalhadores um mínimo “capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”. O DIEESE calcula este valor em R$ 2.212,66 para julho de 2011, ou seja, um valor próximo ao quádruplo do proposto pelo governo.

A eterna justificativa para não se aumentar mais o salário mínimo é o falacioso déficit da Previdência que, na realidade, está inserida na Seguridade Social, que apresentou superávit de R$ 58 bilhões em 2010, conforme mostra a ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil). O verdadeiro problema é que o governo federal utiliza as fontes de recursos da Seguridade para fazer superávit primário, ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida.

Os jornais de hoje também comentam sobre a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros em 0,5%, para 12% ao ano. Conforme já antecipado na edição de ontem deste boletim, esta tímida redução mantém a taxa de juros brasileira como a maior do mundo, em patamar ainda superior ao dobro da taxa do país segundo colocado, a Hungria.