quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mesa Temática de Negociação do BB NÃO avança


Nesta primeira rodada o banco não apresentou qualquer resposta em relação à jornada e PCR, debatidos, respectivamente, de manhã e à tarde. Os representantes do BB alegaram não ter apresentado uma proposta por ser a mesa temática um fórum de debates e não uma mesa de negociação. A verdade, no entanto, é que, para haver debate, o banco deveria ter trazido uma posição a respeito dos assuntos em pauta, já que a reivindicação dos funcionários é conhecida, foi aprovada em congresso e apresentada na minuta de reivindicações à empresa durante a campanha salarial. Apesar de ter frustrado as expectativas da comissão, o banco ficou de levar as propostas dos funcionários para serem discutidas em sua diretoria. E que, em relação à jornada, responderá até o fim deste ano.
Mobilização
Na avaliação de Cardos de Souza, diretor do Sindicato e representante do Rio de Janeiro na Comissão de Empresa dos Funcionários, as mesas temáticas só vão ter resultados efetivos com a pressão do funcionalismo, forçando o banco a abrir negociações. “A Contraf-CUT e os sindicatos estão discutindo a organização de mobilizações para que isto aconteça”, adiantou. Os representantes do BB ficaram de dar uma resposta, também, em relação ao calendário, que prevê a continuidade dos debates nas mesas temáticas, apresentado pela Comissão de Funcionários, e a retomada das negociações permanentes.
Proposta de calendário de mesas temáticas
  • 5/12: Jornada de trabalho
  • 6/12: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados
  • 20/12: Negociação permanente
  • 16/1/2012, 9/2 e 5/3: Plano de carreira
  • 17/1, 10/2 e 6/3: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Greve do BASA continua




A assembléia que avaliou a proposta apresentada pelo Banco na última sexta-feira feira (18), foi a maior assembléia dos últimos 5 anos, com a presença de aproximadamente 400 pessoas. A proposta da instituição mais uma vez não convenceu a categoria, não esteve a contento dos empregados do Banco da Amazônia e a grande maioria rejeitou a proposta. Votaram a favor da proposta apenas os gerentes executivos que compareceram em massa coagidos a fazer a vontade da diretoria do Banco e tentar pôr fim à greve.

Proposta informal não convence a categoria.

No início da tarde de ontem o Banco encaminhou Outlook a seus empregados contendo proposta informal. A análise do conteúdo da mensagem encaminhada pelo Banco mostra que se trata de uma variação do mesmo conteúdo que já havia sido apresentado, ilustrando mais uma tentativa do Banco de confundir a categoria e desqualificar a vontade dos empregados. A proposta que é válida e reconhecida pela categoria foi a avaliada em assembléia, apresentada pelo Banco durante a reunião com as entidades na Procuradoria Geral do Trabalho. Tal iniciativa da instituição tenta confundir seus empregados através de propostas ilusórias pelo e-mail interno, mas os empregados do Banco estão convencidos de que somente algo formal, concreto e satisfatório, que contemple a melhoria para todos, será aceita para pôr fim à maior greve protagonizada pelos guerreiros do Banco da Amazônia nos últimos 20 anos.

O movimento grevista continua por tempo indeterminado e desta vez, muito mais forte!

O que nós queremos:

- Reajuste de 12% em todas as verbas salariais (com reflexo em todo o PCS);

- 6% de reposição salarial referente a perdas salariais dos últimos 10 anos;

- Reajuste mínimo de 9% no reembolso do Plano de Saúde;

- Compensação dos dias parados durante a greve na mesma fórmula de 2010 (1h compensada para cada 2h de greve);

- PLR na regra de 60% linear mais 40% proporcional;

- Não desconto pecuniário dos dias parados.

O que o Banco propôs:

- 10% de reajuste linear a ser aplicado sobre a tabela de cargos dos empregados, o anuênio e o quinquênio, sendo que 9% desse reajuste seriam aplicados a partir de setembro de 2011, e o 1% restante a partir de março de 2012;

- 9 % de reajuste sobre as demais verbas salariais;

- Equiparação do piso dos empregados ao modelo da Fenaban R$ 1.520,00 (durante a reunião na PGT a proposta do Banco foi de piso de R$ 1.400,00);

- E compensação dos dias parados na mesma fórmula do ano passado (1h compensada para cada 2h de greve), sendo que o prazo para compensação até o dia 10 de janeiro de 2012.


"O lucro do Banco do Brasil não tem sobras..."


Mal terminou a greve dos bancários eis que somos assaltados pela notícia que o BB que vai bancar R$1.500.000,00 ao mês ao atleta do Santos FC, o atacante Neymar.

Os argumentos de "dificuldades financeiras", de "responsabilidade (?) com a economia do país", não existem na hora de definir os patrocínios. Mas no que diz respeito às nossas condições de trabalho e de vida, a chantagem continua rolando solta.

O Conselho Diretor do Banco estabeleceu que os funcionários terão que racionar energia elétrica até 31/12, em pleno verão, para reduzir as "despesas administrativas". Para isto, o funcionalismo vai trabalhar no calor até o momento de abertura das agências aos clientes. Além disto, a vigilância noturna da maior parte das agências de rua está sendo suspensa, gerando mais risco aos funcionários, além do corte de emprego de vigilantes, às vésperas do Natal.

Mas podemos dormir tranquilos. Todo nosso sacrifício não está sendo em vão. O que não sobra para nós, funcionários e terceirizados do BB, sobra para o superávit primário ( para pagar juros, de volta aos bancos ) e salários milionários aos nossos valorosos atletas....

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Começou a greve nacional dos petroleiros

Américo Gomes, do ILAESE

• Mesmo contra a proposta da direção da FUP (Federação Única dos Petroleiros), que deliberou por chamar o seu Conselho Deliberativo para o dia 22 de novembro e “esqueceu” que havia marcado uma greve para o dia 16, começou o movimento grevista dos petroleiros da Petrobrás.
O grande fato foi a assembléia dos petroleiros da Bahia, que votou contra o indicativo da FUP e decidiu entrar em greve por tempo indeterminado no dia 16. Junto com eles paralisaram as atividades os petroleiros de Sergipe, São José dos Campos e Litoral Paulista. No Litoral Paulista parou a refinaria (RPBC), os terminais Transpetro (Alemoa, Pilões, Tebar) e Unidade de Transporte de Gas de Caragua. Em Sergipe: Atalaia, Sede da Rua Acre, FAFEN, Carmópolis (Jordão, Siriri, Riachuelo e Base).
Em virtude dos vacilos da direção da FUP, que causa muita insegurança, nem todas as bases pararam. Afinal, não gostariam de ir a um movimento sem unidade nacional, pois conhecem a violência com que o governo Dilma está atacando as greves. Basta ver o que ocorreu com as greves dos Correios e dos bancários, e a privatização dos aeroportos.
Mas o movimento foi nacional. No Rio de Janeiro parou o Terminal da Ilha, por duas horas parou o Terminal da Baia da Guanabara e houve uma grande agitação nas prédios centrais da cidade. Em Alagoas realizaram atrasos de duas horas na Estação do Pilar e Furado. E em Manaus atraso na sede administrativa.
Mas a greve continua nesse dia 17 e já se anuncia maior, pois o sindicato do Rio de Janeiro decidiu que vai recrudescer as paralisações nos prédios administrativos com atividades surpresas.
Além disso, aumenta a mobilização nas próprias bases da FUP e isso poderá impor uma antecipação da greve, sem a espera do Conselho Deliberativo no dia 22.
Os sindicatos do Rio Grande do Norte e Ceará anunciaram que haverá pelo menos paralisações parciais dia 17 e, junto com o sindicato da Bahia, estão encaminhando um documento oficial para FUP exigindo que esta Federação se some ao movimento e que antecipe o CD para esta sexta-feira
Estes acontecimentos e a iniciativas das oposições em Caxias e Norte Fluminense também poderão desencadear mobilizações nestas bases.
Junte-se a isso a greve dos 5 mil operários das obras do COMPERJ, que poderão ir aos predios centrais do Edise e Ventura, que são prédios próximos da Justiça do Trabalho, levar suas reivindicações; os petroleiros terceirizados da CEMON, que estão em greve há mais de 30 dias; e aos operários de Carauari, na Província do Urucu e veremos que os trabalhadores setor de petróleo estão construindo uma panela de pressão pronta para explodir.
Proposta da Petrobrás é rebaixada

A Proposta da Petrobrás não traz nenhum avanço. A empresa apresentou uma proposta de ACT sem nenhum avanço nas cláusulas sociais e uma proposta econômica rebaixada e discriminatória, que não leva em consideração a reivindicação de aumento real de 10% no salário básico.
Além de irrisória, a proposta econômica é uma grande enganação, pois nem mesmo sob a lógica de remuneração variável pode ser considerada aceitável. Em relação ao abono, repete os mesmos valores do acordo fechado em 2010. A Petrobrás oferece como proposta ganho real zero no salário básico. Para piorar, ainda afirma que o reajuste proposto na RMNR é “um dos maiores índices conquistados pelas categorias de trabalhadores do país neste ano”.
Outras categorias já mostraram que apenas com luta é possível avançar e arrancar um acordo vitorioso. Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos, com 24 horas de greve, tiveram 10,8% de reajuste, um aumento real de 3,2% acima da inflação; os trabalhadores dos Correios tiveram R$ 80,00 de reajuste, o que significa 9% de aumento real no salário, acima da inflação do período; Os bancários tiveram, apesar dos 9% de reajuste geral, um reajuste de 12% no piso, o que significa um reajuste real de 5% no piso da categoria. Esses três exemplos mostram que apenas com a greve nacional e unitária é possível avançar.
FUP: além de suspender a greve sem falar para ninguém, sumiu da portaria da empresa

A direção da FUP decidiu de fato aplicar a ‘tática Gasparzinho’. Primeiro deu uma orientação às assembléias dos trabalhadores de base para rejeitarem a proposta da empresa, não fazerem nada e esperarem o Conselho Deliberativo do dia 22, sem nem mesmo explicar por que suspendeu uma greve que foi votada em toda base para se iniciar no dia 16.
Já sabíamos que a democracia não era mais o forte da FUP, quando ela não votou a pauta da Campanha Salarial na base e nem consulta os trabalhadores de base sobre os rumos do movimento.
Mas o mais impressionante desta vez é que as direções de vários sindicatos ligados a esta entidade nem mesmo aparecerem na portaria da empresa no dia 16 para dar satisfação aos trabalhadores, sobre o que fazer, explicar por que a greve foi suspensa e quais os novos rumos da campanha salarial. Com certeza é por que não queriam ouvir os protestos dos trabalhadores da base contra o seu governismo exacerbado.
Vergonha: Dilma veta projeto de Lei sobre anistia para demitidos no governo Collor

Vergonha. Essa palavra resume a medida tomada pela presidente Dilma no último dia 11 de novembro, uma data que ficará marcada na história – lamentavelmente – como um duro golpe à classe trabalhadora. Uma grande traição àqueles que ajudaram a eleger este governo que, ironicamente, se auto-intitula representante dos trabalhadores.
A presidente Dilma vetou, integralmente, o projeto de lei que reabre prazo para que os servidores públicos federais demitidos durante o governo Collor (1990-1992) apresentem requerimento de retorno ao serviço. O projeto (PLS 372/2008) já havia sido aprovado pelo Senado e havia tido sua sanção garantida pela própria presidente Dilma, durante sua candidatura à presidência da República.
Com certeza não foi para isso que a maioria dos petroleiros votou nela para ser presidenta.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Petroleiros em Luta: É greve a partir do dia 16 de nov



Para Neymar milhões, para os bancários as migalhas!

"Neymar assinou um novo contrato com o Santos nesta quarta-feira e deve ficar no clube até 2014. O jogador vai ganhar cerca de R$ 3 milhões mensais e verá sua multa rescisória crescer, frustrando os diversos clubes europeus que estavam interessados no seu futebol.


 O contrato só foi firmado por conta de uma parceria entre o Santos e o Banco do Brasil, que pagará parte do salário milionário do camisa 11. "Ele está feliz e quer ficar aqui até 2014. Aí depois ele vai decidir para onde vai", disse Wagner Ribeiro. " Fonte O globo

É essa mesma a notícia: o BB pagará uma boa parte do salário milionário de Neymar. Interessante que esse contrato se dá depois de uma forte greve dos bancários. Depois de uma greve que o BB insistiu na conversinha de que não havia sobras dos lucros suficientes para atender as reivindicações de aumento digno no salário dos bancários. Mas para manter o salário de Neymar, ai sim tem dinheiros e muito dinheiro.

Essa notícia é mais um tapa na cara dos bancários. O primeiro tapa foi a divulgação (incluindo na tela da intranet) do lucro recorde do BB em nove meses de 9,2 bilhões. Esses fatos mostram o quanto os banqueiros e o governo não estão interessados nas melhorias das condições de trabalho dos bancários, ao contrário, pouco se importam. Para nós, que garantimos o lucro do banco através de muito trabalho, nada! Para Neymar milhões, para os bancários as migalhas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Câmara aprova prorrogação da DRU, que desvia 20% do orçamento para a dívida pública



Após uma discussão que durou quase 10 horas e atravessou a madrugada do dia 9 de novembro, a Câmara aprovou em primeiro turno a prorrogação para 2015 da DRU (Desvinculação das Receitas da União), que venceria em dezembro agora.. A medida possibilita ao governo redirecionar 20% do orçamento para qualquer área. Desde que foi instituído, o mecanismo é utilizado para desviar recursos para o pagamento da dívida pública e o superávit primário (recursos economizados para o pagamento de juros da dívida).

Para garantir a aprovação o governo Dilma não economizou e abriu os cofres. Liberou R$ 275 milhões para emendas parlamentares só em outubro, segundo levantamento do Valor Econômico. As emendas foram prioritariamente aos partidos atingidos por denúncias de corrupção nos últimos meses e que poderiam se indispor com o governo. Caso, por exemplo, do PCdoB, que sozinho levou R$ 4 milhões das emendas liberadas.

Com os cofres abertos, o governo pôde derrotar facilmente a oposição de direita que, cinicamente, se posicionava contrária à prorrogação da medida, instituída quando PSDB e DEM (então PFL) eram governo. A oposição e parte da base aliada tentaram alterar a PEC original e prorrogar a DRU só por dois anos. Desta forma, o governo teria que negociar novamente com os parlamentares para prorrogar novamente a medida. Mas Dilma não aceitou e passou o rolo compressor na Câmara, aprovando a prorrogação por 369 votos (precisava de pelo menos 308) e apenas 44 contra. A votação do segundo turno deve ocorrer no próximo dia 22.

Desvio
A DRU desvia recursos que seriam destinados principalmente à Seguridade Social, que abrange a Previdência Social e os gastos com Saúde e Assistência Social. O montante que deve ser desviado supera os R$ 62 bilhões, R$ 53 bi só da previdência. O governo vem fazendo apelos para a aprovação da prorrogação da DRU, usando como justificativa a crise econômica internacional. "Não é dar ao governo liberdade de gasto, é dar ao governo margem de manobra diante de uma crise internacional que se avizinha”, afirmou Dilma, apesar de já ter reiterado inúmeras vezes que o país estava ‘preparado’ para enfrentar a crise.

A medida foi originalmente instituída em 1994, ainda no governo Itamar, com o nome de Fundo Social de Emergência (FSE). Parte dos preparativos para a adoção do Plano Real, o mecanismo seguia conselho do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, de desvincular recursos constitucionalmente destinados a áreas como saúde e educação para o pagamento da dívida. Á época, a justificativa era que a economia ainda cambaleante precisaria da medida para se fortalecer. Em 2000, já no governo FHC, passou a se chamar DRU.

Entre 2005 e 2010, R$ 228 bilhões já teriam sido desviados da Seguridade Social. O PT, que antes denunciava o mecanismo, à frente do governo passou a prorrogá-lo sucessivas vezes. Caso se confirme, esta será a sexta vez que a medida será prorrogada. O argumento agora é a crise, mas a prioridade continua sendo a mesma: o pagamento dos juros da dívida pública aos grandes especuladores em detrimento da Saúde, Educação e Previdência.

domingo, 6 de novembro de 2011

Por que a Greve no Banco da Amazônia deve Continuar?



Sabemos que muitos trabalhadores do Banco da Amazônia estão avaliando que a melhor decisão, nesse momento, é retornar ao trabalho. O resultado da GREVE será definido pelo julgamento do TST, isso é verdade, mas o retorno ao trabalho, antes do julgamento do dissídio coletivo prejudica nosso movimento e suas possibilidades.

Antes de qualquer questão, é preciso lembrar que por orientação do governo federal, à frente a presidente Dilma o Banco não apresentou nenhuma proposta até os 18 dias de greve. A primeira proposta foi ridícula (1.400 de piso, sem, repercussão na tabela salarial) e 9% de reajuste nas demais verbas, não incluindo o reembolso do Plano de saúde. Essa proposta foi rejeitada em mesa. A segunda proposta veio um dia depois do julgamento do dissídio dos correios com a seguinte ameaça, ou aceita ou vamos ajuizar o dissídio. Nesse momento a CONTRAF/CUT e os Sindicatos do Pará, Rondônia, Acre, Roraima, Mato Groso jogaram a toalha.
A proposta que veio depois do julgamento do dissídio dos correios era de piso de R$ 1.520,00 e adiantamento de R$ 500,00 de PLR. Esse piso, como o anterior, não repercutia na tabela salarial. Essa proposta contém um engodo, o interstício entre TB1 e TB2 atualmente é de 25% e para os demais níveis de 7%. Ao elevar o “piso” para R$ 1.520,00, o Banco apenas antecipa 21% interstício do TB1 para o TB2 reduzindo para 7% como nos demais níveis, através da criação de uma VCP (Verba de Complementação Pessoal) de R$ 154,40. Mais uma vez a proposta não continha o reajuste do reembolso do Plano de Saúde e com isso significaria ou reajuste zero ou ainda negativo.
Ao não reajustar o reembolso o Banco da Amazônia aplica, na prática, reajuste zero ou negativo na remuneração tida no seu conjunto. Nesse momento, o Governo Federal e a Diretoria do Banco nos colocaram na seguinte situação, ou aceitar uma proposta com ganho real zero ou negativo ou enfrentar o dissídio coletivo no TST. Na maioria das assembléias, decidimos por não aceitar essa proposta rebaixada. Com isso, o Banco ajuizou o dissídio.
Ao ajuizar o dissídio, a Diretoria do Banco da Amazônia sabe que o TST não vai arbitrar nada sobre a pauta específica e com isso se “livra” de ter que apresentar propostas para nossos reais problemas (PCS, Saúde, Previdência,Piso salarial, reenquadramento do apoio, valorização dos técnicos científicos) percebe-se hoje claramente, que a orientação para esta postura da diretoria do Banco partiu precisamente do governo federal, uma vez que os Bancos estaduais especialmente o BRB e Banpará fecharam acordos superiories na mesa da Fenaban, o que era nossa intenção visando evitar o aprofundamento da nossa defasagem salarial em relação aos demais bancos públicos federais.
Em um processo de negociação, a diretoria do Banco da Amazônia nunca se preocupou em apresentar comprovações técnicas, numéricas para sua recusa absoluta em apresentar qualquer tipo de proposta que significasse resolver problemas históricos da categoria, a postura da AEBA, desde o inicio, foi a de defender até as ultimas conseqüências a construção de soluções para necessidade dos empregados do Banco da Amazônia, optamos, conscientemente, pela recusa da proposta do banco, por entender que ela significava na pratica a redução da nossa remuneraão global ao não contemplar o reajuste do reembolso do plano de saúde, a AEBA teve na audiência de conciliação um papel fundamental, de inicio propôs ao TST aceitar o piso de R$1.520,00 desde que o referido piso corrigi-se na mesma proporção a curva salarial e denunciou na mesma audiência, que os problemas enfrentados pelo Banco são de única e exclusiva responsabilidade da diretoria e que os trabalhadores não podem ser responsabilizados e penalizados desta forma pela má gestão da empresa, a ministra do TST porém, afirmou que a correção da tabela salarial do piso era impraticável e que o tribunal não adotaria essa medida como proposta de conciliação, a própria ministra porém, sugeriu que o banco reajusta-se o reembolso do plano de saúde em 9% e que este novo item encerra-se o processo de greve a partir daquela data, mesmo as entidades acatando a proposta da ministra, o Banco não acatou, mantendo sua política de congelar o reembolso do plano de saúde, visando anular o impacto do reajuste salarial proposto,como tem feito nos anos anteriores. A diretoria da AEBA conclama todos os trabalhadores a permanecerem em greve até o julgamento do dissídio ,e a de se manterem mobilizados para conseguirmos encerrar a fase da atual gestão do banco a partir do julgamento do TST.

Teremos duas certezas, a de que ganharemos realmente um reajuste salarial com ganho real, se o tribunal resolver conceder os 9% do reembolso do plano de saúde, ou a de que foi o tribunal que nos impôs uma proposta que não contempla ganho real, se não nos for concedido o reajuste do referido reembolso, por fim essa campanha salarial demonstrou claramente, que a situação dos empregados do banco é a ultima das preocupações da atual diretoria e do governo Dilma e que a partir de agora, teremos que redobrar nossa mobilização visando a substituição imediata do atual presidente e sua diretoria.

Fonte: http://www.aeba.org.br/