terça-feira, 31 de julho de 2012

Em assembleia esvaziada, diretoria do sindicato segue a Contraf/CUT e aprova minuta rebaixada que prevê apenas 5% de aumento real

Membros do MNOB defenderam rejeição da minuta e exigiram mudanças na campanha salarial 

    
Na assembleia realizada na última segunda-feira, foi aprovada a minuta de reivindicações definida na Conferência Nacional organizada pela Contraf/CUT. Essa minuta reivindica apenas 10,25% de reajuste, ou seja, 5% de aumento real. 

O jornal do sindicato publicado hoje chega a afirmar que "a base bateu o martelo sobre a proposta". Na verdade, havia pouquíssimos bancários da base da categoria e a assembleia foi composta em sua grande maioria pelos diretores do sindicato. Portanto, não foi a base quem bateu o martelo e sim os próprios  membros da diretoria quando se comprometeram em ratificar essa pauta rebaixada.

Mesmo em minoria, o MNOB defendeu a rejeição da minuta e chamou os diretores do sindicato a fazerem o mesmo. Segundo Renata Mallet, funcionária do BB e ativista do MNOB, a rejeição mostraria aos bancários do país inteiro que existe uma insatisfação na Bahia com os rumos dados às campanhas salariais dos últimos anos. Seria um importante gesto de repúdio à submissão da Contraf/CUT aos interesses do governo e dos banqueiros.

Outra proposta apresentada pelo MNOB na assembleia diz respeito à condução da campanha salarial. Defendemos a eleição de um representante da base para acompanhar as negociações e a formação, no início da greve, de um comando eleito pela base a exemplo do que está ocorrendo na greve dos professores estaduais e na greve dos professores da UFBA. 

Um dos motivos da grande força dessas greves é a maior participação da base nas decisões e encaminhamentos cotidianos do movimento. O sindicato teve acordo com a proposta de Comando de Greve e vamos cobrar isso. No entanto, foi contra a proposta de eleger um representante da base para acompanhar as negociações com o argumento de que "a categoria já está representada pelo comando nacional".

Outro ponto polêmico na assembleia foi a aprovação da cobrança do desconto assistencial. Nos posicionamos contra a deliberação sobre a cobrança naquela assembleia por entendermos que isso deve ser apreciado pela categoria somente no final da greve. Depois das discussões, foi aprovado que uma nova assembleia seja convocada depois da greve para referendar ou não o desconto.

Nota oficial do Sindmetal SJC e da CSP-Conlutas sobre declarações do ministro Guido Mantega acerca de saldo de empregos na GM



As declarações sobre o saldo de empregos na General Motors dadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira, dia 31, contrariam dados do próprio Governo Federal.  Conforme estudos já divulgados pelo Dieese – Subseção Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a General Motors fechou, no período de um ano, 1.189 postos de trabalho no país. Nesse número não estão incluídas as 356 demissões feitas por meio de PDV, muito menos os cerca de 2 mil cortes que a empresa ameaça fazer.

A declaração do ministro, dada em entrevista coletiva após reunião com o vice-presidente da Anfavea e diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, desconsidera não apenas os números do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego) do Ministério do Trabalho (em que se baseou o estudo feito pela subseção do DIEESE do Sindicato), mas a realidade vivida pelos trabalhadores da montadora em São José dos Campos. Pior, o ministro faz estas afirmações sem o mínimo cuidado de ouvir a outra parte, o Sindicato dos trabalhadores. Dessa forma, o Ministro diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM.

Os números são claros: de julho de 2011 a junho de 2012, a GM fechou 1.044 postos de trabalho (saldo entre demissões e contratações) em São José dos Campos. Em São Caetano, foram 349 postos a menos. A única fábrica a fechar o período com saldo positivo foi em Gravataí, com 204. Caso o Governo Federal prossiga com a postura de mero espectador, esses números poderão dar um salto ainda maior. Não há mais dúvidas: a GM está se preparando para colocar até 2 mil trabalhadores na rua.

E tudo isso em uma empresa que está em um momento de aumento de suas vendas e batendo recordes de faturamento e lucro em suas unidades no Brasil, em particular na unidade de São José dos Campos, responsável por 35% do faturamento da GM em nosso país.

Espera-se das autoridades brasileiras, principalmente em momentos como esse em que o emprego de milhares de trabalhadores está em risco, um comportamento responsável. E não é isso que se observa quando o ministro Mantega – o homem que está à frente das finanças do país – afirma que o que está ocorrendo na GM é “normal”, e quando diz que “não cabe ao governo entrar nessa questão de organização interna das fábricas”.

Como assim, ministro? Quer dizer que o que cabe ao governo é apenas repassar recursos públicos a estas empresas para que elas aumentem seus lucros?

Garantir a manutenção de postos de trabalho é, sim, papel do Governo Federal, principalmente quando este mesmo governo beneficia as indústrias com bilhões de reais do dinheiro público, repassados em forma de isenção fiscal. 

Há meses o Sindicato vem apresentando à GM várias propostas para evitar as demissões, sem que esta demonstre a mínima disposição de negociar. Há tempos estamos alertando o governo federal para as demissões que vem ocorrendo na montadora, mas até agora o ministro Mantega não se dignou a receber a representação dos trabalhadores para ouvir nosso ponto de vista. Deveria fazê-lo antes de se manifestar da forma que o fez no dia de hoje.

Da nossa parte, Sindicato dos Metalúrgicos e da CSP-Conlutas, reafirmamos a posição contrária a qualquer demissão na empresa e a disposição de resistir contra mais esse abuso aos direitos dos trabalhadores da empresa e da comunidade de São José dos Campos. E voltamos a insistir no pedido de audiência que encaminhamos ao governo na semana passada (até agora não obtivemos resposta) para levar as informações e, mais uma vez, as propostas do Sindicato para evitar as demissões.


São José dos Campos, 31 de julho de 2012.
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular 

Mais informações:

Antonio Ferreira de Barros – (12) 9136-7206
Luiz Carlos Prates – (12) 9121-2081
José Maria de Almeida (CSP-Conlutas) – (11) 6792-2304

Foto: M. Almeida – O Vale

É hoje o Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos Federais



O funcionalismo federal realiza mais um Dia Nacional de Luta nesta terça-feira, 31 de julho. De norte a sul do país estão previstos atividades e mobilizações. O objetivo é aumentar a pressão sobre o governo da presidente Dilma.

Com o mote “Chega de enrolação, negocia Dilma!”, os trabalhadores irão parar os grandes centros em todo o país e dar o seu recado. Vale ressaltar, que depois de três meses, e oito rodadas de negociações infrutíferas, os servidores não tiveram alternativa e deflagraram a greve.

Os servidores públicos federais esperam receber solidariedade de outras categorias neste dia de luta para exigir que o governo federal abra as negociações e atenda as reivindicações da categoria, que vem vivenciando arrocho salarial e redução de direitos desde o governo FHC.

A greve do funcionalismo segue forte, apesar das tentativas do governo federal de intimidar e dividir o movimento. A falta de habilidade da Presidente Dilma fica cada vez mais evidente na postura intransigente, desrespeitosa e autoritária adotada com a categoria, em particular com os setores que aderiram ao processo grevista.

No dia 31/07, também, está agendada uma reunião do fórum das entidades nacionais dos SPFs com a Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) e espera-se a apresentação de uma proposta efetiva para a categoria.

A pauta unificada do funcionalismo reivindica reajuste de 22,08%, manutenção das 30 horas sem redução de salário, concurso público, melhores condições de trabalho, mais verbas para o setor público, não à privatização e suspensão de projetos que retiram direitos dos servidores.

O governo Dilma se baseia em dois elementos centrais para sua intransigência. Um deles é reconhecer que há uma forte crise econômica internacional, que vai se refletir no Brasil, por isso é necessário impor o controle fiscal e limitar os gastos. Afirma isso apesar de continuar concedendo isenções fiscais para as grandes empresas com a suspensão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e continuar revertendo quase 50% do PIB para o pagamento de juros das dívidas públicas. Ou seja, quer jogar nas costas dos servidores públicos a prevenção da crise. Muita cara de pau! 

A outra justificativa, tão absurda quanto à primeira, é de não há defasagem nos salários, porque, segundo o governo, nos dois mandatos de Lula houve concessões com aumento real nos salários do funcionalismo federal. Ou seja, os representantes do MPOG mantiveram o discurso e os argumentos que vêm apresentando desde 2011, para rejeitar quaisquer concessões salariais e impor um arrocho inaceitável à classe.

Por isso, é fundamental fortalecer este dia de luta dos servidores públicos federais. A CSP-Conlutas participa ativamente da organização da iniciativa, assim como a convoncou juntamente com as centrais sindicais CUT e CTB.

domingo, 29 de julho de 2012

PARTICIPE DA ASSEMBLÉIA E NÃO DEIXE QUE DECIDAM POR VOCÊ!

Colegas da categoria, favor divulgar amplamente.

Nesta segunda-feira (30/07) ocorrerá assembleia no sindicato dos bancários, às 18h, para discutir os seguintes temas:

- Aprovação da minuta de reivindicações definida na Conferência Nacional da Contraf/CUT:

Na nossa opinião, uma minuta rebaixada que reivindica apenas 10,25% de reajuste e abandona mais uma vez a discussão sobre as perdas salariais do período FHC. Precisamos aprovar em nossa assembleia iniciativas para superar os limites impostos por essa minuta e construirmos uma campanha salarial vitoriosa.

Deliberar sobre o desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada:

Esse desconto se refere àquela contribuição feita para auxiliar nos custos da greve. Acreditamos que esse desconto é legítimo, desde que seja aprovado em assembleia da categoria amplamente divulgada. Discordamos, no entanto, que isso seja deliberado agora. O correto é discutir a aprovação ou não do desconto depois da greve, caso ela ocorra. Além disso, o sindicato já recebe recursos da contribuição voluntária dos associados e também da contribuição compulsória de todos os bancários através do nefasto imposto sindical (dinheiro que é descontado pelo governo em nossa folha de março). Sobre esses temas defendemos:

1. Que a assembleia aprove o adiamento da deliberação sobre o desconto para depois da assinatura do acordo coletivo, em assembléia da categoria divulgada amplamente;

2. Que a diretoria do sindicato tome iniciativas no sentido de devolver aos trabalhadores o desconto referente ao imposto sindical. Isso já é feito pelos sindicatos dos bancários do Rio Grande do Norte e de Bauru (SP), ambos filiados à CSP-Conlutas.

Essa é a primeira assembleia da campanha salarial. Nos últimos anos, ela tem sido muito esvaziada apesar da importância dos temas discutidos. Geralmente só comparecem os diretores do sindicato e poucos bancários da base da categoria e, entre eles, os membros da oposição bancária. A categoria precisa reverter isso e participar da assembleia. Não deixe que decidam por você! 

Bancários do MNOB e da CSP-Conlutas na Bahia




sábado, 28 de julho de 2012

REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO NO MARANHÃO

Sindicato que constrói o MNOB arranca na justiça mais uma vitória na luta pela jornada de 6 horas



Mais uma vitória do SEEB-MA: Analistas da Caixa recebem pagamento de horas extras

Justiça libera o alvará para pagamento das horas extras (7ª e 8ª) dos analistas da Caixa. Valores serão pagos no dia 25.
24/07/2012 às 10:00
Ascom/SEEB-MA

Os analistas da Caixa Econômica Federal receberão nesta quarta-feira (25.07.12), a partir das 9h, os cheques referentes ao pagamento das horas extras trabalhadas após a jornada de 6h.

Tal conquista decorre da iniciativa do Sindicato dos Bancários do Maranhão que foi buscar na justiça o cumprimento da jornada de seis horas para os trabalhadores, conforme previsto na legislação.

Ressalta-se que o SEEB-MA foi um dos poucos sindicatos no Brasil que empreendeu esta luta em favor dos seus associados. A maioria não seguiu o mesmo caminho.

O SEEB-MA busca igual direito para todos os bancários maranhenses detentores de função comissionada de nível não gerencial. Várias ações desta natureza tramitam na Justiça do Trabalho.

Os beneficiários deverão comparecer ao auditório do Sindicato dos Bancários munidos de documentos de identidade para recebimento dos seus cheques. O Sindicato está localizado na Rua do Sol, nº 417, Centro, São Luís/MA. Parabéns a todos que acreditaram, confiaram e contribuíram para esta vitória.