quinta-feira, 2 de outubro de 2014

MNOB defende fim dos correspondentes bancários no ato contra a autonomia do Bacen



A autonomia do Banco Central ganhou destaque no debate eleitoral após a candidata Marina Silva (PSB) defender a independência formal do banco em relação ao governo. A candidata Dilma (PT) tem aproveitado essa proposta de Marina para acusá-la de ser a candidata dos banqueiros. Como parte do calendário de nossa campanha salarial, o Comando Nacional dos Bancários, dirigido pela Contraf-CUT, propôs a realização de atos em várias capitais contra a proposta de autonomia.

O Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB/CSP-Conlutas) participa destes atos por entender que um Banco Central formalmente autônomo é ainda mais suscetível aos interesses dos bancos. No entanto, não basta ser contra a autonomia formal, porque na prática o governo Dilma já garante a autonomia operacional e os banqueiros já mandam no país.

Para que o Bacen se livre da pressão dos bancos é necessário mudar toda a atual política econômica, sustentada em juros altos, endividamento da população e privilégio na destinação dos recursos públicos para o pagamento de juros e amortização da dívida aos bancos, principais detentores dos títulos públicos.

Devemos exigir nos atos:

à a revogação da resolução que autoriza os correspondentes bancários, medida do Bacen que liberou a terceirização no setor;

à o aumento do compulsório para os bancos que reduzirem postos de trabalho;


à o rechaço às privatizações, exigindo que o BB volte a ser 100% estatal, eliminando a pressão dos acionistas privados.