domingo, 12 de julho de 2015

APRESENTAÇÃO DA TESE DO MNOB - 2015

CONTINUIDADE DA TESE DO MNOB

Precisamos mudar o rumo de nossa campanha salarial


Nós do MNOB/CSP-Conlutas apoiamos a proposta saída da Plenária realizada por diversos ativistas em São Paulo, em junho passado, chamando a formação de um Bloco de Oposição que una todos os setores descontentes com o velho script da Contraf-CUT, para que juntos possamos desenvolver ações unitárias na campanha salarial, aliando-nos a outras categorias em luta, rumo à Greve Geral, e assim darmos um basta aos ataques contra nossa classe.

O atual cenário exige que tenhamos uma postura mais ofensiva na campanha salarial. Se a dinâmica persistir na busca da preservação do governo Dilma, estaremos sob sério risco de derrota.

Além disso, a campanha salarial precisa ser construída na base, organizando os colegas desde o local de trabalho, e com ampla democracia nos fóruns de decisão, para que a vontade da categoria prevaleça.

Na Conferência Nacional dos Bancários precisamos garantir a luta por: Reposição das perdas; Fim imediato das demissões! Estabilidade no empregado garantida em Acordo Coletivo; Avanço na conquista de direitos para as bancárias. Respeito às mulheres e à maternidade! Manutenção de todos os benefícios durante a licença-maternidade; Fortalecer o processo de negociação dos bancos públicos – a mesa específica deve discutir também as questões econômicas diretamente com a direção dos bancos e com o governo; Isonomia de direitos e fim da discriminação aos incorporados; Fim das metas e do assédio moral. Saúde não se negocia; Não aos Acordos de compensação de horas de greve. Greve é direito; Fim dos correspondentes bancários e da terceirização; PLR linear!

PARA DERROTAR O AJUSTE FISCAL: Unificar as lutas e parar o país pra valer!




A conjuntura tem sido marcada por fortes ataques aos direitos e as condições de vida dos trabalhadores. As MPs 664 e 665 do governo Dilma, o corte bilionário no orçamento social, o PL da terceirização em curso no Congresso, a redução de jornada com redução salarial, as privatizações apresentadas como abertura de capital e concessões, a política de juros altos, são todas elas medidas que visam garantir os lucros dos bancos e das grandes empresas diante da atual fase da crise econômica

As demissões avançam em diversos setores, inclusive nos bancos, lançando centenas de milhares de trabalhadores a sua própria sorte e pressionando os salários para baixo. A inflação crescente, que já atingiu 8,89% nos últimos 12 meses (IPCA), consome com mais rapidez nossos salários.

Essa conjuntura exige uma resposta contundente do movimento dos trabalhadores para reverter tais decisões e seus efeitos sobre a nossa classe. Não é justo que paguemos a fatura dessa crise. Não a criamos. É preciso unir o conjunto dos trabalhadores, unificar as lutas em curso e parar o país pra valer. É necessário avançar na construção de uma greve geral no Brasil para derrotar o ajuste fiscal dos governos e as medidas do Congresso.

As direções majoritárias do movimento não encampam essa luta. As relações de colaboração da CUT e da CTB com o governo, fizeram com que estas centrais restringissem as atividades nacionais de 15 de abril e 29 de maio a paralisações parciais e atos de rua, sem o envolvimento da base das categorias. Em muitos sindicatos, sequer assembleia foi convocada.

É preciso independência em relação aos governos para avançar na luta contra todos esses ataques do governo Dilma e do Congresso. Chega de colaboração com o governo!