terça-feira, 12 de outubro de 2010

Proposta do BB é insuficiente. É possível conquistar mais!

A proposta divulgada nesta segunda-feira está longe de atender às reivindicações dos bancários do BB e muito aquém das possibilidades de uma das maiores instituições financeiras do mundo. Chega a ser inferior à proposta apresentada pela FENABAN, como no item que trata da valorização do piso salarial.


- O índice de 7,5% é menor do que os conquistados por categorias como metalúrgicos e petroleiros, 10,8% e 9%, respectivamente, além de abonos;

- A proposta de aumento de 13% no piso é inferior ao índice de 16% aplicado pela FENABAN. Caso fosse aplicado o percentual da FENABAN, o piso de ingresso seria R$ 1.642,56, e não R$ 1.600,00, como propõe o BB. Esta diferença chegaria, em um ano, a R$ 553,28;

- Não cumpre sequer o compromisso do acordo anterior - um novo PCCS. O PCR não tem definições claras e estimula ainda mais a dependência das comissões, além de não elevar o atual interstício (3%) de promoção horizontal por tempo de serviço;

- Estabelece a possibilidade de utilização da GDP como instrumento para descomissionamentos;

- Além de não resolver os principais problemas dos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa, ainda propõe a entrega de um direito, a Gratificação Variável, em troca de uma indenização;

CONTRAF/CUT se alia ao BB para novamente trair nossa greve!

A Contraf/CUT, como tem feito em todas as campanhas, no momento em que conseguimos sentar para discutir nossas questões específicas, defende o recuo da greve e o acordo "histórico". Histórico é o lucro do Banco. Não temos aumento real porque continuamos acumulando perdas desde o plano Real.

A força de nossa greve, que é a maior desde 2004, e a proximidade do segundo turno das eleições nos abre a possibilidade de conquistar muito mais, avançando em temas fundamentais de nossa pauta específica.


Oposição Bancária (MNOB / CSP-Conlutas) defende a apresentação de uma contraproposta ao BB

Apresentamos abaixo propostas que consideramos essenciais para garantirmos um acordo vitorioso.

1) Piso de ingresso de R$ 1.647,23, através da aplicação do mesmo índice apresentado pela Fenaban (16,33%) sobre o valor atual;

2) Defendemos que seja aplicado 12% sobre todas as verbas e benefícios

3) Apresentação dos critérios a serem adotados no PCR (promoção por mérito). Não podemos dar um cheque em branco à empresa que já nos enrolou em vários itens de acordo, como o plano odontológico;

4) Abono dos dias de greve. A compensação dos dias de greve, nos mesmos moldes do ano passado, tem o objetivo de jogar as pessoas contra a greve, enfraquecendo a nossa luta a cada ano. Medida adotada por este governo, de um ex-sindicalista, que se construiu fazendo greves. Não podemos aceitar punições aos que lutaram para garantir direitos para todos;

5) Retorno do anuênio (1%) para todos os funcionários, a exemplo do acordo do BRB;

6) Licença-prêmio para todos: 18 dias, podendo ser convertida em espécie, o que significaria um ganho salarial de 5%, não incidindo qualquer tipo de imposto ou encargo trabalhista;

7) Jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários, conforme previsto em lei e reconhecido pela própria Justiça do Trabalho, com a incorporação dos 15 minutos à jornada, como no acordo do BRB;

8) Fim da lateralidade / retorno das substituições para todas as comissões;

9) Incorporação das comissões ao salário, como no acordo do BRB;

10) Retorno dos interstícios de promoção horizontal vigentes até o PCCS de 1995 (12 e 16%);

11) Comitê de ética com composição paritária ( entre eleitos e indicados pela empresa) e canal direto com os denunciantes;

12) Fim da trava de dois anos;

13) Para os funcionários oriundos do BNC, manutenção do Economus, com a possibilidade de utilização da CASSI e manutenção da Gratificação Variável enquanto não haja a extensão da Licença Prêmio para todos.

14) Contratar de forma imediata, chamando dos concursos novos funcionários para resolver o caos que vive as agencias.

Consideramos que a greve por nossas questões específicas, depois da enrolação da mesa da Fenaban, pode empolgar o conjunto do funcionalismo . Necessitaremos, entretanto que os grevistas saiam às ruas e se incorporem aos piquetes e mobilizações. Necessitaremos acabar com os sites de contingência. A greve terá que ser de todos - comissionados ou não.

MNOB-CSP CONLUTAS