terça-feira, 18 de outubro de 2011
Bancários encerram greve no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e privados
Após 21 de greve, uma das mais fortes da história, com a paralisação de 9.165 agências, os bancários decidiram voltar ao trabalho.
Nas assembléias que aconteceram na última segunda-feira, em todo o país, a maioria dos bancários aprovou as propostas de reajuste do Banco do Brasil, Caixa Federal e os bancos privados (representados pela Fenaban). Foram rejeitadas as propostas nas bases de Bauru, Rio Grande do Norte e Maranhão. Já em Porto Alegre e Belém, os bancários não aceitaram a proposta da Caixa Econômica Federal. Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia, BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e Banese (Banco do Estado de Sergipe) continuam paralisados, cobrando avanços nas negociações específicas.
A proposta aprovada nas assembleias foi de reajuste de 9% com aumento real, de 1,5% para todos e aumento de 12% no piso, além de aumento na PLR. Os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro.
Durante a greve os banqueiros mantiveram uma posição intransigente, com interdito proibitório e diversas ameaças. O governo Dilma, que controla o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, chantageou o tempo todo com ameaça de desconto dos dias parados e a negativa de dar aumento real para não causar inflação.
Governo e banqueiros se uniram contra os bancários, mas a força da greve fez com que eles recuassem.
Era possível conseguir mais – O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) da CSP-Conlutas entende que frente ao crescimento financeiro, dos lucros dos bancos e da força da greve era possível conseguir mais. (Proposta do MNOB BB e Proposta do MNOB CEF)
Acontece que a direção da Contraf CUT apresentou uma reivindicação rebaixada de 12% quando bancos como BRB tiveram reajuste de 13%, maior do que o reivindicado pela Contraf e no momento mais forte da greve defendeu a aprovação da proposta que é menor do que a do ano passado. Por isso, uma parte importante das assembleias votou pela continuidade da greve para conquistar mais.
O MNOB, acreditando que a força do movimento era suficiente para impor aos banqueiros e ao governo uma melhora nesta proposta, desafiou que o momento era de intensificar a luta, radicalizar a greve e unificar o movimento com outras categorias em luta.