A greve dos policiais militares de Salvador (BA) enfrenta a truculência do governador da Bahia Jaques Wagner (PT). Nesta segunda-feira (6) o Exército, a Força Nacional, a Polícia Federal e as Companhias Independentes de Policiamento Especializado da Polícia Militar, acionados pelo governador, fizeram um cerco na Assembleia Legislativa, ocupada por grevistas desde o início da greve.
Esse batalhão foi convocado para desocupar o local e para cumprir a ordem de prisão contra os grevistas. Os soldados formaram um cordão de isolamento na assembleia lançaram balas de borracha contra familiares, crianças e mulheres que encontram-se em frente ao local em solidariedade à greve.
Pela manhã, alguns familiares tentaram entrar na assembleia para levar apoio aos policiais grevistas, como água, comida e medicamentos, mas foram reprimidos.
Os soldados da força nacional foram acionados pelo governador Wagner para conter a onda de assaltos e mortes na região. O governador tenta jogar nas costas dos trabalhadores grevistas a culpa do aumento da violência no estado, entretanto, à responsabilidade é do governador que não atende as reivindicações da categoria. A resposta que o movimento grevista têm obtido para a solução do problema é a repressão e ordem de prisões contra companheiros que estão somente fazendo valer seu direito de greve.
A paralisação dos policiais teve início na última terça-feira (31) após meses de tentativas de negociações. A categoria luta pela melhoria nas suas condições de trabalho e exigem a reintegração dos demitidos políticos que foram expulsos da PM depois da histórica greve de 2001, a incorporação de gratificações, o pagamento de um adicional de periculosidade, reajuste linear de 17,28% retroativo a abril de 2007 e a revisão no valor do auxílio alimentação.
Com a chegada do exército e da Força Nacional, o governo continua a pressão sob os grevistas e seguem as ameaças de repressão. O governador não demonstra o mínimo de disposição para resolver a greve.
A CSP-Conlutas convoca a todas as entidades e organizações a prestar sua solidariedade os PMs em greve, fazendo o governo recuar em sua intransigência e repressão.
Desta forma, com o apoio dos trabalhadores de diversas categorias será possível dobrar o governo Wagner e obrigá-lo a negociar uma solução que favoreça os trabalhadores.
Defendemos a abertura imediata das negociações e que toda ameaça de repressão ao movimento seja combatida.
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