Membros do MNOB defenderam rejeição da minuta e exigiram mudanças na campanha salarial
Na assembleia realizada na última segunda-feira, foi aprovada a minuta de reivindicações definida na Conferência Nacional organizada pela Contraf/CUT. Essa minuta reivindica apenas 10,25% de reajuste, ou seja, 5% de aumento real.
O jornal do sindicato publicado hoje chega a afirmar que "a base bateu o martelo sobre a proposta". Na verdade, havia pouquíssimos bancários da base da categoria e a assembleia foi composta em sua grande maioria pelos diretores do sindicato. Portanto, não foi a base quem bateu o martelo e sim os próprios membros da diretoria quando se comprometeram em ratificar essa pauta rebaixada.
Mesmo em minoria, o MNOB defendeu a rejeição da minuta e chamou os diretores do sindicato a fazerem o mesmo. Segundo Renata Mallet, funcionária do BB e ativista do MNOB, a rejeição mostraria aos bancários do país inteiro que existe uma insatisfação na Bahia com os rumos dados às campanhas salariais dos últimos anos. Seria um importante gesto de repúdio à submissão da Contraf/CUT aos interesses do governo e dos banqueiros.
Outra proposta apresentada pelo MNOB na assembleia diz respeito à condução da campanha salarial. Defendemos a eleição de um representante da base para acompanhar as negociações e a formação, no início da greve, de um comando eleito pela base a exemplo do que está ocorrendo na greve dos professores estaduais e na greve dos professores da UFBA.
Um dos motivos da grande força dessas greves é a maior participação da base nas decisões e encaminhamentos cotidianos do movimento. O sindicato teve acordo com a proposta de Comando de Greve e vamos cobrar isso. No entanto, foi contra a proposta de eleger um representante da base para acompanhar as negociações com o argumento de que "a categoria já está representada pelo comando nacional".
Outro ponto polêmico na assembleia foi a aprovação da cobrança do desconto assistencial. Nos posicionamos contra a deliberação sobre a cobrança naquela assembleia por entendermos que isso deve ser apreciado pela categoria somente no final da greve. Depois das discussões, foi aprovado que uma nova assembleia seja convocada depois da greve para referendar ou não o desconto.