quinta-feira, 30 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
ADVOGADOS DO BB DELIBERAM SOBRE INÉDITO E HISTÓRICO MOVIMENTO PAREDISTA
domingo, 26 de agosto de 2012
Força da greve dos servidores públicos federais faz governo Dilma recuar
Os servidores federais realizaram mais um dia de luta nesta terça-feira (21) e estão numa fase decisiva com o governo. Durante toda essa semana as diversas categorias do funcionalismo público realizam atividades e mobilizações até que o governo apresente sua proposta.
A greve no funcionalismo público federal já ultrapassa três meses. A primeira categoria a deflagrar a paralisação foi a dos docentes das universidades e institutos federais, marcando uma das mais fortes e extensas greves do setor dos últimos dez anos.
Esses servidores se enfrentaram com o governo Dilma e encararam sua truculência. Segmentos do funcionalismo tiveram corte nos salários. Além disso, o governo editou um decreto substituindo os grevistas.
Mesmo com todos esses ataques, a reposta do funcionalismo federal foi uma inédita unificação dos setores contra o arrocho salarial e em defesa dos serviços públicos.
A disposição desses servidores com adesão de setores estratégicos do funcionalismo, como a Polícia Federal, e mais recentemente como os policiais rodoviários, que também decidiram deflagrar greve nesta segunda- feira, fez o governo recuar e sinalizar abertura de diálogo com uma proposta para o setor.
No próximo dia 31 de agosto encerra-se o prazo para o governo fechar a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo ano, que deve conter os reajustes aos servidores.
“A força do movimento impôs um recuo e uma derrota política ao governo Dilma e à sua intransigência em não conceder nenhum reajuste, como ameaçava fazer no início da greve justificando para isso a crise econômica internacional”, ressaltou o membro da Secretaria Executiva Paulo Barela, acrescentando que enquanto o orçamento deste ano aos servidores soma R$ 1,5 bilhão, o total dos reajustes já arrancados do governo garante R$ 14 bilhões anuais até 2015.
“É ainda insuficiente para o conjunto dos servidores, principalmente se compararmos com o que é destinado ao pagamento da dívida pública, quase metade do Orçamento da União, e o que está sendo gasto com as isenções de IPI e os subsídios às grandes empresas, mas mesmo assim é mais do que o governo estava disposto a conceder no início do movimento”, avalia.
O dirigente aponta ainda a derrota que os servidores impuseram ao Projeto de Lei 549 que, na prática, estabelecia o congelamento dos salários dos servidores para o próximo 10 anos.
“A greve até aqui foi vitoriosa, quebrando a intransigência do governo e forçando um recuo de Dilma. Porém, ainda não terminou e os servidores tem até o final de agosto para melhorar as propostas do governo e arrancar índices melhores. Ou seja, as mobilizações ainda não terminaram”, salientou.
Greve forte e marcada pela unidade - A greve dos servidores federais atinge mais de 30 setores, com a paralisação de algo como 400 mil trabalhadores em todo o país.
O movimento se chocou com intransigência do governo Dilma, que não foi capaz de dobrar as mobilizações dos servidores. A disposição do governo Dilma em não negociar com a categoria em greve chegou a provocar elogios do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, responsável pelos anos de neoliberalismo que destruíram boa parte dos serviços públicos no país, além de seu partido, o próprio PSDB.
Os servidores federais, porém, foram às ruas e se mobilizaram, apostando na unificação do serviço público e na unidade com os estudantes, no caso das universidades federais. Além de reivindicarem reajuste e planos de carreira, os servidores denunciaram à população o caos que vive hoje os serviços públicos, desmentindo a propaganda de mentira de massas que é veiculado em boa parte da grande imprensa no Brasil. Foram várias marchas a Brasília e dias de luta que mobilizaram servidores de todo o país, com ações radicalizadas como o corte de estradas e o bloqueio do Ministério do Planejamento.
A radicalização da categoria e a revolta da base dos servidores bateram de frente com a intransigência do governo Dilma e chegou a gerar crise entre a cúpula das centrais governistas, como a CUT e a CTB, e o governo, desmascarando o verdadeiro caráter do governo Dilma. A presidente chegou a anunciar que não concederia reajuste aos servidores para proteger “os que não têm estabilidade no emprego”, dando a entender que os bilhões em subsídios às grandes empresas geram e mantém os empregos, o que não está ocorrendo.
Avança negociação com os técnicos administrativos das IFES – Setores como os técnicos administrativos, base da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), já avançam nas negociações e arrancam importantes conquistas do governo.
O setor foi um dos mais mobilizados e radicalizados durante a greve, embora seja uma categoria extremamente heterogênea, com cinco níveis de escolaridade e diversas profissões.
Embora o governo insista no limitado reajuste de 15% parcelados em três anos, e reajuste de 3,6% para 3,8% nos índices de progressão de carreira, houve uma importante vitória parcial nos índices nos distintivos de qualificação, os adicionais de graduação. Esse reajuste pode chegar a 44% em três anos em alguns níveis, contando o reajuste e o incentivo à qualificação.
“As assembleias que ocorrem esta semana vão decidir se aprovamos ou não essa proposta, mas já dá pra dizer que ela arranca algo do governo, que não estava disposto a ceder, além de fortalecer elementos da carreira”, analisa Gibran Ramos, coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras.
A greve no funcionalismo público federal já ultrapassa três meses. A primeira categoria a deflagrar a paralisação foi a dos docentes das universidades e institutos federais, marcando uma das mais fortes e extensas greves do setor dos últimos dez anos.
Esses servidores se enfrentaram com o governo Dilma e encararam sua truculência. Segmentos do funcionalismo tiveram corte nos salários. Além disso, o governo editou um decreto substituindo os grevistas.
Mesmo com todos esses ataques, a reposta do funcionalismo federal foi uma inédita unificação dos setores contra o arrocho salarial e em defesa dos serviços públicos.
A disposição desses servidores com adesão de setores estratégicos do funcionalismo, como a Polícia Federal, e mais recentemente como os policiais rodoviários, que também decidiram deflagrar greve nesta segunda- feira, fez o governo recuar e sinalizar abertura de diálogo com uma proposta para o setor.
No próximo dia 31 de agosto encerra-se o prazo para o governo fechar a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo ano, que deve conter os reajustes aos servidores.
“A força do movimento impôs um recuo e uma derrota política ao governo Dilma e à sua intransigência em não conceder nenhum reajuste, como ameaçava fazer no início da greve justificando para isso a crise econômica internacional”, ressaltou o membro da Secretaria Executiva Paulo Barela, acrescentando que enquanto o orçamento deste ano aos servidores soma R$ 1,5 bilhão, o total dos reajustes já arrancados do governo garante R$ 14 bilhões anuais até 2015.
“É ainda insuficiente para o conjunto dos servidores, principalmente se compararmos com o que é destinado ao pagamento da dívida pública, quase metade do Orçamento da União, e o que está sendo gasto com as isenções de IPI e os subsídios às grandes empresas, mas mesmo assim é mais do que o governo estava disposto a conceder no início do movimento”, avalia.
O dirigente aponta ainda a derrota que os servidores impuseram ao Projeto de Lei 549 que, na prática, estabelecia o congelamento dos salários dos servidores para o próximo 10 anos.
“A greve até aqui foi vitoriosa, quebrando a intransigência do governo e forçando um recuo de Dilma. Porém, ainda não terminou e os servidores tem até o final de agosto para melhorar as propostas do governo e arrancar índices melhores. Ou seja, as mobilizações ainda não terminaram”, salientou.
Greve forte e marcada pela unidade - A greve dos servidores federais atinge mais de 30 setores, com a paralisação de algo como 400 mil trabalhadores em todo o país.
O movimento se chocou com intransigência do governo Dilma, que não foi capaz de dobrar as mobilizações dos servidores. A disposição do governo Dilma em não negociar com a categoria em greve chegou a provocar elogios do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, responsável pelos anos de neoliberalismo que destruíram boa parte dos serviços públicos no país, além de seu partido, o próprio PSDB.
Os servidores federais, porém, foram às ruas e se mobilizaram, apostando na unificação do serviço público e na unidade com os estudantes, no caso das universidades federais. Além de reivindicarem reajuste e planos de carreira, os servidores denunciaram à população o caos que vive hoje os serviços públicos, desmentindo a propaganda de mentira de massas que é veiculado em boa parte da grande imprensa no Brasil. Foram várias marchas a Brasília e dias de luta que mobilizaram servidores de todo o país, com ações radicalizadas como o corte de estradas e o bloqueio do Ministério do Planejamento.
A radicalização da categoria e a revolta da base dos servidores bateram de frente com a intransigência do governo Dilma e chegou a gerar crise entre a cúpula das centrais governistas, como a CUT e a CTB, e o governo, desmascarando o verdadeiro caráter do governo Dilma. A presidente chegou a anunciar que não concederia reajuste aos servidores para proteger “os que não têm estabilidade no emprego”, dando a entender que os bilhões em subsídios às grandes empresas geram e mantém os empregos, o que não está ocorrendo.
Avança negociação com os técnicos administrativos das IFES – Setores como os técnicos administrativos, base da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), já avançam nas negociações e arrancam importantes conquistas do governo.
O setor foi um dos mais mobilizados e radicalizados durante a greve, embora seja uma categoria extremamente heterogênea, com cinco níveis de escolaridade e diversas profissões.
Embora o governo insista no limitado reajuste de 15% parcelados em três anos, e reajuste de 3,6% para 3,8% nos índices de progressão de carreira, houve uma importante vitória parcial nos índices nos distintivos de qualificação, os adicionais de graduação. Esse reajuste pode chegar a 44% em três anos em alguns níveis, contando o reajuste e o incentivo à qualificação.
“As assembleias que ocorrem esta semana vão decidir se aprovamos ou não essa proposta, mas já dá pra dizer que ela arranca algo do governo, que não estava disposto a ceder, além de fortalecer elementos da carreira”, analisa Gibran Ramos, coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
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