Assembléia hoje, às
18h30, no Ginásio de Esportes
A categoria bancária faz greve desde
1932 e todos os nossos direitos foram conquistados através da luta. Dentre os
exemplos, estão o direito de não trabalhar aos sábados, a jornada de seis horas,
o direito à aposentadoria complementar, PLR, vale refeição, cesta alimentação
e, depois, 13ª cesta alimentação. O pouco que se avançou em isonomia na CEF e
no BB para os funcionários pós-98, como 5 dias de abono por ano e, pasmem, até
a garantia de ter os mesmos dias para chorar a morte de um parente, foi produto
das últimas greves. Não é mera coincidência o fato de que, desde 2003, fazemos
greve todos os anos (com a exceção de 2007) e, neste período, não recebemos
reajustes abaixo da inflação.
Enquanto isso, as maiores perdas
salariais e de direitos da categoria ocorreram durante a década de 90, período
em que os bancários tiveram muitas dificuldades para fazer greve. Ou seja,
independente de quem esteja no governo, tudo o que temos foi conquistado através
da nossa luta. Vale lembrar que justamente em 2007, ano em que não houve greve
no BB, o banco se sentiu fortalecido para aprovar um dos piores ataques às
condições de trabalho dos funcionários comissionados: o fim do pagamento das
substituições e a imposição da lateralidade.
É evidente que uma categoria que, desde
2003, faz greve todos os anos, poderia ter conquistado muito mais e recuperado
uma parte mais expressiva das perdas salariais da década de 90. Não avançamos
mais porque temos uma direção ligada ao governo, que esconde as perdas
salariais, defende acordos de encerramento de greve aquém da capacidade do
movimento e não tem interesse de construir um movimento democrático e que
envolva a maior parte da categoria.
Nesse ano a situação não é diferente.
Apesar dos banqueiros serem o setor que mais lucra no país, eles apresentam uma
proposta de índice de 6%, que está abaixo das principais categorias do país. A
CEF e o BB continuam dizendo não aos principais itens da pauta específica, como
a jornada de seis horas e a isonomia.
Como o funcionalismo federal acaba de
demonstrar, a única forma de avançarmos é construindo uma greve forte. Neste
sentido, o primeiro passo é aderir à greve a partir do dia 18. Não existe nada
mais essencial que lutar pelos nossos direitos e isso não podemos delegar a
ninguém. O segundo passo é participar das assembléias, pois não podemos deixar
o controle do movimento nas mãos da diretoria do sindicato. Um dos principais
momentos para demonstrar que queremos construir um movimento forte e controlado
pela categoria é a assembléia de entrada em greve. Por isso convidamos todos a
participar da assembléia de deflagração da greve nesta segunda, dia 17, às
18h30, no Ginásio de Esportes dos bancários (Próximo ao quartel dos Aflitos, Centro).
Movimento Nacional de Oposição Bancária -
Bahia