segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Todos à Greve



Assembléia hoje, às 18h30, no Ginásio de Esportes


A categoria bancária faz greve desde 1932 e todos os nossos direitos foram conquistados através da luta. Dentre os exemplos, estão o direito de não trabalhar aos sábados, a jornada de seis horas, o direito à aposentadoria complementar, PLR, vale refeição, cesta alimentação e, depois, 13ª cesta alimentação. O pouco que se avançou em isonomia na CEF e no BB para os funcionários pós-98, como 5 dias de abono por ano e, pasmem, até a garantia de ter os mesmos dias para chorar a morte de um parente, foi produto das últimas greves. Não é mera coincidência o fato de que, desde 2003, fazemos greve todos os anos (com a exceção de 2007) e, neste período, não recebemos reajustes abaixo da inflação.
Enquanto isso, as maiores perdas salariais e de direitos da categoria ocorreram durante a década de 90, período em que os bancários tiveram muitas dificuldades para fazer greve. Ou seja, independente de quem esteja no governo, tudo o que temos foi conquistado através da nossa luta. Vale lembrar que justamente em 2007, ano em que não houve greve no BB, o banco se sentiu fortalecido para aprovar um dos piores ataques às condições de trabalho dos funcionários comissionados: o fim do pagamento das substituições e a imposição da lateralidade.
É evidente que uma categoria que, desde 2003, faz greve todos os anos, poderia ter conquistado muito mais e recuperado uma parte mais expressiva das perdas salariais da década de 90. Não avançamos mais porque temos uma direção ligada ao governo, que esconde as perdas salariais, defende acordos de encerramento de greve aquém da capacidade do movimento e não tem interesse de construir um movimento democrático e que envolva a maior parte da categoria.
Nesse ano a situação não é diferente. Apesar dos banqueiros serem o setor que mais lucra no país, eles apresentam uma proposta de índice de 6%, que está abaixo das principais categorias do país. A CEF e o BB continuam dizendo não aos principais itens da pauta específica, como a jornada de seis horas e a isonomia.
Como o funcionalismo federal acaba de demonstrar, a única forma de avançarmos é construindo uma greve forte. Neste sentido, o primeiro passo é aderir à greve a partir do dia 18. Não existe nada mais essencial que lutar pelos nossos direitos e isso não podemos delegar a ninguém. O segundo passo é participar das assembléias, pois não podemos deixar o controle do movimento nas mãos da diretoria do sindicato. Um dos principais momentos para demonstrar que queremos construir um movimento forte e controlado pela categoria é a assembléia de entrada em greve. Por isso convidamos todos a participar da assembléia de deflagração da greve nesta segunda, dia 17, às 18h30, no Ginásio de Esportes dos bancários (Próximo ao quartel dos Aflitos, Centro).
Movimento Nacional de Oposição Bancária - Bahia