A greve nacional dos
bancários continua crescendo, com o número de agências fechadas aumentando a
cada dia. No entanto, os banqueiros e o governo Dilma permanecem no silêncio,
desrespeitando os bancários e a população ao manterem uma proposta muito aquém
da lucratividade alcançada pelo sistema financeiro no último período.
Para sair desse impasse,
é preciso pressionar diretamente o governo. O Banco do Brasil, a Caixa
Econômica e o Banco do Nordeste seguem as diretrizes estabelecidas pelo governo
na mesa da Fenaban. Portanto, devemos exigir publicamente desse governo um
posicionamento que retome a negociação.
Mas não é só isso, é
preciso pressionar o governo para que apresente uma proposta digna que contenha
reajuste salarial justo, abono dos dias parados e o atendimento de
reivindicações específicas de cada banco. Nossa greve não por mais 1 ou 2% de
aumento!
Infelizmente, a
Contraf-CUT tenta de todas as formas proteger o Governo Dilma, direcionando as
críticas, exigências e denúncias apenas aos banqueiros. Isso também é
importante, mas não tem se mostrado eficiente nessa greve e nem nas anteriores.
Esconder o governo debaixo da mesa da Fenaban só tem contribuído para diminuir
o potencial que nossa greve tem para arrancar uma proposta justa.
Apesar dessa postura da
Contraf, é na assembleia onde são definidos os rumos da greve, como as ações de
mobilização (piquetes, passeatas, moções, cartas públicas, etc). É na assembleia
onde podemos aprovar propostas que impulsionem a nossa greve e que mudem o
script estabelecido nas campanhas salariais dos últimos anos.
Muitos colegas
acreditam que basta participar das chamadas “assembleias decisivas”, quando
aparece alguma proposta dos bancos para ser aprovada ou rejeitada. No entanto,
é o desenrolar da greve que vai definir o conteúdo das propostas, se a proposta
será justa, ruim, ou muito ruim. E esse desenrolar depende em grande medida da
participação dos bancários na assembleia, principal fórum de decisão durante
uma greve.
A diretoria do
sindicato da Bahia, infelizmente, tem adotado a mesma postura da Contraf:
proteger o governo a qualquer custo. Foi por isso que o presidente da entidade
tentou impedir que um funcionário dos Correios em greve falasse em nossa
assembleia. Essa postura revelou o medo de que a unificação das campanhas
salariais exponha o governo. Compreendendo a importância da solidariedade entre
as categorias, os bancários que estavam presentes na assembleia garantiram a
fala do carteiro, mostrando que é possível transformar a assembleia em um
espaço democrático onde a categoria é quem decide.
Participe das assembleias! Vamos
mudar os scripts e surpreender os bancos e o governo!
MNOB/BA – Movimento de
Oposição Bancária/ Bahia
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