A conjuntura
tem sido marcada por fortes ataques aos direitos e as condições de vida dos
trabalhadores. As MPs 664 e 665 do governo Dilma, o corte bilionário no
orçamento social, o PL da terceirização em curso no Congresso, a redução de
jornada com redução salarial, as privatizações apresentadas como abertura de
capital e concessões, a política de juros altos, são todas elas medidas que
visam garantir os lucros dos bancos e das grandes empresas diante da atual fase
da crise econômica
As demissões
avançam em diversos setores, inclusive nos bancos, lançando centenas de
milhares de trabalhadores a sua própria sorte e pressionando os salários para
baixo. A inflação crescente, que já atingiu 8,89% nos últimos 12 meses (IPCA),
consome com mais rapidez nossos salários.
Essa
conjuntura exige uma resposta contundente do movimento dos trabalhadores para
reverter tais decisões e seus efeitos sobre a nossa classe. Não é justo que
paguemos a fatura dessa crise. Não a criamos. É preciso unir o conjunto dos
trabalhadores, unificar as lutas em curso e parar o país pra valer. É
necessário avançar na construção de uma greve geral no Brasil para derrotar o
ajuste fiscal dos governos e as medidas do Congresso.
As direções
majoritárias do movimento não encampam essa luta. As relações de colaboração da
CUT e da CTB com o governo, fizeram com que estas centrais restringissem as
atividades nacionais de 15 de abril e 29 de maio a paralisações parciais e atos
de rua, sem o envolvimento da base das categorias. Em muitos sindicatos, sequer
assembleia foi convocada.