Durante as últimas semanas, os banqueiros não têm feito outra coisa senão enrolar o Comando de Negociação composto pela Contraf/CUT e a CTB. O Governo Lula, por sua vez, não apresentou qualquer resposta positiva sobre nossas pautas específicas nas negociações com o BB e a CEF. Muito pelo contrário, no caso do BB, a única novidade foi a apresentação da data de implementação do projeto piloto que retira as portas detectoras de metais das agências. Um absurdo!
Como entender esse comportamento intransigente se as instituições financeiras apresentaram lucros astronômicos em seus últimos balanços de resultados? Infelizmente, os bancos e o governo sentem-se tranqüilos e confortáveis diante de um Comando de Negociação que não propõe para a categoria um indicativo claro de greve.
A proposta de Greve a partir do dia 22 ganha força na base da categoria a cada dia. A cada anúncio de negociação frustrada, sentimos a necessidade de responder com nosso maior instrumento de pressão. Os bancários do Maranhão, de Bauru, do Rio Grande do Norte e de Porto Alegre já demonstraram que estão dispostos a iniciar a paralização a partir do dia 22. No entanto, essa vontade da base do país inteiro não se reflete nas decisões da maior parte das direções sindicais.
O Sindicato dos Bancários da Bahia costuma responsabilizar a Contraf/CUT por essa situação de descompasso entre aquilo que a categoria deseja e o que a direção do movimento impõe. Concordamos com essa denúncia e acreditamos que a categoria precisa derrotar a Contraf/CUT e sua política de conciliação com o Governo. Precisamos acabar com a Mesa Única da Fenaban e forçar o Governo a negociar nossas perdas salariais nos bancos públicos, assim como outras categorias conseguiram.
Nos impuseram um índice rebaixado de 11%.nessa campanha salarial. Apesar disso, podemos avançar em outros temas importantes, como o piso salarial e a Isonomia, derrotando a proposta que defende a deflagração da Greve apenas depois das eleições presidenciais. Por isso, fazemos um chamado mais uma vez à diretoria do Sindicato da Bahia para que respeite a vontade da categoria e convoque o quanto antes a Assembléia Geral do dia 22/09. Temos o direito de avaliar as negociações e decidir se queremos entrar em greve!
Apesar de ter assumido esse compromisso no Encontro pela Isonomia, o Sindicato ainda não anunciou a data da assembléia. No jornal “O bancário” de hoje não há qualquer menção sobre isso. Apesar da avaliação de que a reunião com a Fenaban não resultou em nada e de que não há previsão para apresentação de proposta, o jornal se refere a uma idéia muito vaga de que há a “possibilidade de greve nas próximas semanas”. Nada de concreto sobre data da assembléia, proposta de paralisação, muito menos sobre indicativo de Greve. Isso é muito ruim, pois a divulgação antecipada da realização da assembléia facilitaria uma maior presença da categoria.
É hora de reforçar a pressão para exigir do Sindicato a convocação imediata de nossa assembléia. Telefone para o número (71) 3329-2333 e mande mensagens para o e-mail imprensa@bancariosbahia.org.br.