Apresentação
Juliana é funcionária do BB desde 2008, atualmente na GECEX SP II. Antes disso, trabalhou no Banco Nossa Caixa. Formada em Psicologia pela UFPR. Sua historia como bancária é marcada pela defesa dos direitos do funcionalismo e do Banco do Brasil como instituição pública comprometida com os interesses dos trabalhadores, aqueles que constroem a riqueza do país.
A direção do BB que calar Juliana. E agora quer impedir sua candidatura no CAREF!
O Banco Brasil esta atacando os delegados sindicais, em uma prática claramente anti sindical. No processo de reestruturação da Área Internacional, por exemplo, 4 delegados sindicais estão sendo descomissionados. Pela primeira vez está usando medidas disciplinares para coibir a atuação sindical O centro do ataque é nossa candidata ao CAREF. No inquérito administrativo aberto contra a Juliana o banco questiona conteúdos da sua publicação nas redes sociais e na Internet, questiona seu direito de fazer reunião no prédio da São João, onde foi eleita delegada. Na verdade quer impedir sua atuação como delegada sindical.
Agora tenta impedir sua candidatura ao CAREF. Evidente que não interessa ao BB uma representante sem qualquer rabo preso, que vai denunciar a atual politica do BB e defender os direitos do funcionalismo. Estamos fazendo uma campanha de solidariedade a Juliana e vamos recorrer a todas as instâncias para garantir sua candidatura.
A ELEIÇÃO DE UM CAREF NÃO GARANTE A DEMOCRACIA NA GESTÃO DO BB!
Vivemos uma enorme deterioração das condições de trabalho no BB. A realidade dentro dos locais de trabalho é cada vez mais massacrante e a comissão virou um item fundamental para conseguir sobreviver, o que facilita a institucionalização do assédio como método de gestão. Como reflexo disto, recentemente, o banco sofreu condenações por dano moral coletivo no Piauí, (condenado a pagar sete milhões) e na Bahia (dois milhões).
O governo e a direção do Banco buscam criar ilusões que, ao se estabelecer um representante dos funcionários no Conselho de Administração do Banco, poderíamos fazer ecoar nosso descontentamento e alterar a dinâmica que o BB está tomando. Nossa candidatura afirma que somente nossa luta poderá derrotar a atual política de RH do BB. A existência de um representante eleito seja quem for não garante a mudança dessa situação. Mesmo após a criação do Caref, a composição do Conselho continuou sendo: 2 representantes eleitos pelos acionistas minoritários; 4 representantes da União – 1 indicado pelo Ministro do Planejamento e 3 pelo da Fazenda; o Presidente do BB; 1 representante eleito pelos empregados.
Além disso, o representante não tem acesso a inúmeras informações, pela alegada necessidade de "sigilo da empresa". O CAREF também não pode divulgar as informações que obtiver sob o risco de sofrer sanções do Banco e da CVM. E o mais grave: não pode participar de decisões relativas a salários, benefícios, assuntos de interesse do funcionalismo, pois a Lei enquadra isto como um “conflito de interesses”. Estranho é que o governo não veja conflito de interesses quando a diretoria do BB estabelece a sua própria PLR.
O ajuste que está sendo implementado pela nova equipe econômica do Governo Dilma vai tensionar ainda mais o BB a aumentar seu lucro, para compor o superávit primário do país. Por isto, a pressão sobre o Conselho de Administração é pela redução de custos, em especial na folha de pagamentos. A atual reestruturação da Área Internacional e do Atacado, que cortou vagas, descomissionou colegas, rebaixou salários, é um dos melhores exemplos de como o BB programa esta politica.
No próximo período provavelmente a nova direção do banco deve aprofundar os processos de terceirização e reestruturação.
Em nossa opinião, a representação de um CAREF só tem sentido se cumprir o papel de fazer a denúncia pública e, colocando-se a serviço de nossa organização contra cada ataque que estiver sendo gestado, seja contra o caráter público do Banco, seja contra os direitos do funcionalismo.
BB 100% estatal e com função pública!
O Banco do Brasil tem atuado como banco privado, tanto na sua relação com o funcionalismo como com os clientes. O novo slogan do BB, Banco de Mercado com Espírito Público, na verdade vem oficializar está atuação do banco nos últimos anos. O atual sistema de metas, a remuneração, cuja maior parte é composta pela comissão e a PLR são instrumentos desse modelo. Defendemos que o BB tenha sua atuação pautada pelo caráter social, com atividade, alma e essência públicas. Para que isto possa, de fato ocorrer, o controle acionário do BB deve voltar a ser 100 % estatal. Exigimos o fim da segregação da população de baixa renda, da política de encarteiramento de clientes adotada atualmente, bem como com a lógica de utilização do BB como agente financiador dos grandes grupos privados.
O BB deve ser integralmente controlado e administrado pelos trabalhadores!
A única forma de democratizar a gestão é colocando a empresa sob controle dos trabalhadores. Defendemos a eleição de toda a diretoria (que devem ser funcionários de carreira) pelos próprios funcionários do banco. A composição do conselho deve ser alterada. Além dos diretores eleitos pelos funcionários do BB, o conselho seria composto por outros diretores indicados pelos demais trabalhadores da sociedade, que devem ser os principais beneficiados por
Um banco público, como o BB. Desta maneira, poderemos mudar os processos de gestão e transformar o BB no banco que queremos e que a sociedade brasileira precisa.
Atuação do Caref tem que ser INDEPENDENTE!
O representante dos trabalhadores não pode ser mais uma voz em defesa do governo de plantão. O atual representante eleito que é apoiado pela CONTRAF/CUT, Rafael Matos, candidato a reeleição, não foi um ponto de apoio na luta do conjunto dos bancários do BB. Infelizmente, isto não acontece somente no CAREF. Tanto na PREVI e CASSI, quanto na maior parte das diretorias dos grandes Sindicatos, temos visto nossas representações mais preocupadas em manter relações com o governo do que em defender os trabalhadores.
Remuneração do conselheiro
Somos contra qualquer privilégio material ao conselheiro eleito, que deve receber o mesmo salário que recebe hoje, bem como não receber qualquer auxílio ou jeton de conselheiro.
Garantias de acesso a informações e de Canais de comunicação com o funcionalismo
O representante dos trabalhadores tem que prestar contas da sua atuação. Para isso, é fundamental que seja criado um canal de comunicação , assim como ocorria com os boletins internos, até o fim dos anos 90, enquanto havia representação do Garef.