sábado, 29 de outubro de 2011

Organizar o plebiscito pelos 10% do PIB já para a educação!!!

Os trabalhadores elegeram Dilma com a expectativa de que suas vidas melhorassem. Ainda hoje, a maioria (71%, segundo pesquisas) apóia o governo. Mas, junto com isso, os trabalhadores conhecem a situação em que vivem. Em relação à Educação pública, por exemplo, a maior parte (51%) desaprova a política do governo.
Essa edição especial do Opinião Socialista está dedicada a demonstrar porque isso acontece. Eleição após eleição, os candidatos do PT e da direita (PSDB e DEM) dizem defender a “prioridade para a educação.” Bastaria votar neles e tudo se resolveria. Depois das eleições, porém, tudo segue igual.
O PSDB esteve no governo por oito anos e nada mudou. Agora, o PT já inicia um terceiro mandato, sem qualquer modificação de qualidade em relação à Educação pública. A privatização do ensino se impôs em todo o país e estamos pagando a conta.
A situação do ensino é caótica. O Brasil tem o maior índice de analfabetismo da América Latina (9,7%) além dos 30% de analfabetismo funcional. Os professores recebem uma miséria e realizaram greve em todo o país. As creches públicas ainda são miragens inatingíveis para as famílias pobres. As universidades privadas concentram 74% das vagas no país, enquanto as universidades públicas são sucateadas.

Dilma prometeu "acabar com a miséria" em seu governo. Muitos trabalhadores esperavam isso, ainda mais com todos os investimentos no país para preparar a Copa do Mundo e a Olimpíada. O pré-sal poderia ser usado para melhorar a Educação e a Saúde do povo.

Mais uma vez, essas promessas não têm nada a ver com a realidade. Basta ver a situação atual: o crescimento que o país teve durante os dois governos Lula não se reverteu em nenhuma melhoria na educação e saúde públicas.
O futuro será igual ou talvez pior. Todos esses investimentos vão ser feitos em base a um compromisso do governo com as grandes empresas de buscar reduzir os salários e direitos dos trabalhadores para aproximar a situação do Brasil com a existente na China. Investimentos não significam necessariamente distribuição de renda: no caso brasileiro estão apontando para uma concentração ainda maior. O país cresce, mas só uma minoria fica ainda mais rica.
E a situação que já é muito ruim na Educação pública pode piorar. Pode haver uma queda ainda maior, caso a crise econômica internacional atinja o país.

Falta dinheiro para a educação?

Muitos trabalhadores pensam que o país não tem os recursos necessários para superar problemas, como o caos na educação pública. Isso não é verdade.
O governo tem dinheiro. O que acontece é que destinou 49,15% de tudo que arrecadou em impostos e taxas em 2011 para os banqueiros, para pagar uma dívida que não existe. Isso é mais que 16 vezes o que destina à educação.
Seria possível ter Educação pública, gratuita e de qualidade em todo o país, se o governo não tivesse essa relação estreita com os bancos, pagando mais uma vez uma dívida que já foi paga inúmeras vezes. Os banqueiros mandam no país. E eles não precisam da educação pública.

 
Sempre vai ser assim?

Outros pensam que a situação da Educação sempre foi assim. E que isso nunca vai mudar. Será mesmo? É verdade que o Brasil nunca foi exemplo, mas a privatização das últimas décadas mudou para pior. Em geral, no século passado, as melhores escolas do ensino básico de cada cidade eram públicas.
Lula herdou a situação caótica causada pela privatização promovida pelos governos da direita. Manteve e aprofundou a privatização da Educação, levando ao caos atual.

Não é verdade que tudo vai continuar da mesma forma porque “os brasileiros” são assim mesmo. A verdade é que essa situação beneficia possibilita muitos lucros para as grandes empresas que lucram com a privatização. Porque não é possível mudar isso?

 
Perante essa situação, a CSP-Conlutas, a ANEL, o ANDES-SN e diversas outras entidades decidiram convocar a população a participar de um plebiscito no mês de novembro. Nesse plebiscito, a população dirá se está de acordo com a proposta de 10% do PIB já para a educação pública. Chamamos todas as entidades do movimento sindical, popular e estudantil a se engajarem nessa campanha, organizando o plebiscito em suas bases.

É preciso dar um basta no caos atual da educação. Vamos fazer uma grande mobilização, realizando o plebiscito por todo o país para exigir de Dilma 10% do PIB já para a educação pública.


VISITE O BLOG: http://dezporcentoja.blogspot.com/2011/10/materiais-para-o-plebiscito-da-campanha.html

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Compensação de horas - não é obrigatória!

MNOB pergunta sobre a compensação de horas a um representante do funcionalismo nas negociações com o BB.

Banco da Amazônia não avança e audiência no TST termina sem acordo

A audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o dissídio coletivo ajuizado pelo Banco da Amazônia, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (27), em Brasília, terminou sem acordo. A Contraf-CUT e as demais entidades sindicais tentaram avanços na proposta do banco, mas sem êxito. Os empregados da institutição estão há 31 dias em greve, buscando o atendimento da pauta específica de reivindicações.
"O banco não avançou em nada em sua proposta aos trabalhadores. Não evoluiu no custeio do Plano de Saúde e nem mesmo no prazo para a conclusão do Plano de Cargo e Salários, duas das demandas dos bancários", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT. "Os trabalhadores continuam mobilizados em greve", ressalta.
Sem acordo, a ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, vice-presidente do TST, que presidiu a audiência de conciliação, sorteou o nome do ministro Fernando Eizo Ono como relator do dissídio coletivo suscitado pelo banco.
"Os trabalhadores repudiam a atitude do banco de querer colocar fim à greve na instituição por meio do dissídio coletivo e reafirmam a convicção de que as vias democráticas, que contemplam a negociação entre bancos e entidades sindicais durante a Campanha Nacional da categoria, são o melhor caminho para a valorização dos trabalhadores e do banco", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Com a decisão da ministra, a data do julgamento poderá ser divulgada nesta sexta-feira (28), quando será publicado o termo da audiência.

Fonte do texto escrito: Contraf-CUT com TST e Seeb Pará

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bancários também querem 10% do PIB para a Educação Pública

A Campanha 10% do PIB para a Educação Pública foi lançada no dia 20 de outubro por várias organizações, dentre elas a CSP-Conlutas, com o objetivo de ampliar o debate sobre a educação pública em nosso país e buscar apoio da população para denunciar a precariedade que atinge de maneira cruel o setor.

O Brasil tem o pior índice de analfabetismo dentre os países da América Latina. O país tem mais de 14 milhões de analfabetos totais(9,7%) e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (30%).

 Em nosso país, a rede de creches públicas é praticamente inexistente e as universidades privadas concentram 74% das vagas graças a programas como o PROUNI e o FIES, enquanto as universidades públicas são sucateadas. Os trabalhadores da educação sofrem um arrocho salarial profundo, implementado por políticas sucessivas de municípios, estados e governo federal.
O Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (1997), a partir de um diagnóstico da realidade educacional, indicou metas para a universalização do direito de todos à educação que implicavam em um investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7%, percentual vetado pelo governo FHC e o veto foi mantido pelo governo Lula da Silva.

Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Passados 14 anos, a proposta do governo Dilma para o novo PNE (2011-2020) define a meta de 7% do PIB para ser aplicada na Educação somente em 2020.

Dilma: onde está nosso dinheiro?

Nas recentes campanhas salariais de trabalhadores de Correios e bancários do BB e CEF o governo federal impôs sobre estas categorias acordos rebaixados sob ameaças de desconto de dias paralisados por greve. Desconsiderando o direito à greve - garantido constitucionalmente- o governo cumpriu sua ameaça junto aos trabalhadores de Correios, que tiveram sete dos dias descontados e estão obrigados a repor as demais horas trabalhando aos sábados, domingos e feriados.

A política deste governo gera como consequência para o conjunto da classe trabalhadora e de seus filhos um sofrimento brutal que, além dos baixos salários definidos por esta mesma política, vêm seus direitos sociais desaparecer no horizonte a passos largos.

Não podemos aceitar o argumento de que não há dinheiro, uma vez que o governo que argumenta que não há recursos para serem investidos em educação, saúde, habitação, melhoria dos salários, é o mesmo que encontra dinheiro para o pagamento da dívida pública junto aos banqueiros, para conceder isenções fiscais para o setor empresarial, para aplicar em obras faraônicas para a copa e as olimpíadas.

Devemos contabilizar também as grandes somas que desaparecem no mar de corrupção, tendo no governo a conivência como assistimos hoje em relação aos escândalos vinculados à Pasta de Esportes.

Ao longo de 2011 , Dilma destinou 49,15% de tudo o que arrecadou em impostos e taxas aos banqueiros. Esta soma representa mais que 16 vezes do que é destinado à educação pública brasileira. É um governo que privilegia a destinação dos recursos da população aos banqueiros, que se beneficiaram com 20% do PIB em 2010.

Fica evidente, pois, que o governo se recusa a aplicar nossos recursos priorizando as necessidades da classe trabalhadora. O que fazer então? É necessário que se reverta as prioridades do governo Dilma, garantindo o investimento público na implementação dos direitos sociais conquistados pelo povo brasileiro.
A destinação de 10% do PIB na educação pública representa ampliar o acesso da população ao ensino fundamental e médio na rede pública. Representa também a garantia de matrícula de 40% de nosso jovens em universidades federais e estaduais.

A formação dos bancários

Nós bancários vivemos hoje uma forte pressão dos banqueiros para que ampliemos nosso nível de formação. Aos que ainda não têm curso superior existe a cobrança para que este se realize, vinculando-se a possibilidade de ascenção profissional a um título de graduação.

Para os já graduados, a exigência torna-se a de um curso de pós-graduação.Mas o bancário que deseja ampliar sua formação imediatamente se depara com a restrição da oferta de vagas nas universidades públicas, sobretudo aquelas no turno da noite, horário que os trabalhadores podem dedicar aos estudos.
Os bancos e o governo prontamente apresentam suas soluções para o problema: o ensino privado, através de programas como o PROUNI e o FIES, é a única possibilidade ao aluno-trabalhador.

O PROUNI, implantado no governo Lula, tem como principal característica a transferência de dinheiro da educação pública para universidades privadas, através da “compra” de vagas para suprir o déficit de oferta presente nas instituições públicas de ensino. Os recursos da educação pública são postos a serviço da educação privada, que comumente oferece um ensino de pouquíssima qualidade, fato que frustra a expectativa dos estudantes e impossibilita a ampliação das redes estadual e federal de ensino superior no país.

O FIES, por sua vez, joga a responsabilidade do Estado com a educação no colo dos próprios estudantes, uma vez que estes tornam-se os únicos responsáveis por sua formação, devendo por isso assumir financiamento estudantil junto aos bancos para custear seus estudos em universidades privadas. Se quiser estudar, pague taxas aos bancos! Mas como pagar aos bancos se o próprio governo nos impõe uma

política vergonhosa de rebaixamento salarial ano após ano? Conhecemos a resposta do governo e dos banqueiros a esta questão durante nossa campanha salarial.

Precisamos revelar que essa lógica está a serviço do capital privado, que transforma a educação no país em mercadoria, sucateando e esvaziando a educação pública e impossibilitando a integração dos trabalhadores e de seus filhos no sistema educativo. Precisamos, juntos, exigir do governo os investimentos necessários para a superação dos problemas que atingem a educação brasileira! Que exijamos do governo a ampliação da rede pública de educação com a conseqüente oferta de vagas no ensino noturno, para que todos os trabalhadores possam desenvolver suas potencialidades através de uma educação de qualidade.

Por isso queremos: 10% do PIB para a educação pública já! Verba pública exclusivamente para a educação pública! Não a mercantilização da educação brasileira! Educação pública de qualidade para os trabalhadores e seus filhos!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

GREVE continua no BASA! Empregados permanecem fora da matriz por vontade própria!

A real prova da insatisfação dos empregados do Banco da Amazônia foi dada hoje, o movimento grevista deixou livres as portas da matriz para a entrada dos trabalhadores, um grande número de empregados permanece do lado de fora com nariz de palhaço e apitos protestando.

“O interdito proibitório não impede que a Greve continue, ele não amedrontou os trabalhadores, a estratégia do Banco em tentar enfraquecer a greve não teve sucesso, pois a categoria acredita que os canais de negociação não se esgotaram e por isso continuamos no movimento onde a greve agora é de livre vontade, pois as portas estão abertas e não vamos cair na “chantagem” judicial. A diretoria pode acabar com o Banco, mas não com a nossa dignidade.” Enfatizou Silvio Kanner, presidente da AEBA.

Reunião com o DEST
AEBA, AFBNB, SEEB-MA e CONTEC (representando sindicatos AM e TO), estarão presentes para somar forças durante a reunirão com o diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), Murilo Barella, onde irão expor as condições de “sub-bancários”, a qual os trabalhadores do Banco da Amazônia e do BNB são sujeitados pelo Governo Federal e a viabilização dos direitos previstos na pauta específica de nossa Campanha Salarial, ou seja, abrir negociação de verdade, conseguir que o Governo se comprometa em cumprir e avançar na pauta específica dos trabalhadores do Banco.

Ambas as associações, AEBA e AFBNB, foram excluídas unilateralmente dos processos de negociação. No entanto, a premissa de representar e defender os interesses de seus associados é inerente a qualquer entidade de trabalhadores e não se restringe de maneira nenhuma ao período de campanha salarial.

domingo, 23 de outubro de 2011

Diretora do Sindicato dos Bancários de Bauru, eleita pela CUT, rompe com esta Central e se incorpora à CSP-Conlutas

Fonte: http://www.seebbauru.org.br

BAURU, OUTUBRO DE 2011


A/C - Diretores da Conlutas do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e aos companheiros bancários de Bauru e região.

Eu, MARIA XAVIER DE OLIVEIRA, funcionária do Banco do Brasil e diretora do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, eleita pelo critério da proporcionalidade por meio da “Chapa 2 – Bancários da CUT”, nas eleições ocorridas em 2010, venho, por meio desta, informar meu rompimento com esta corrente política e sindical.

A razão da ruptura dá-se pelo fato de discordar dos encaminhamentos e direcionamentos dados pelos “Bancários da CUT” às demandas e lutas da categoria bancária.

Para mim, é inaceitável a subordinação dos interesses da categoria bancária aos interesses do governo federal.

Entendo que o movimento sindical deve ser independente de qualquer governo, para que tenha liberdade de tomar as decisões que entenda adequadas.

Com isso, por identificar-me com os membros da diretoria do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região eleitos pela “Chapa 1 – Conlutas”, passo a compartilhar dos mesmos direcionamentos destes companheiros.

Sem mais, Atenciosamente,

Saudações Conlutistas.

MARIA XAVIER DE OLIVEIRA

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bancários encerram greve no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e privados


Após 21 de greve, uma das mais fortes da história, com a paralisação de 9.165 agências, os bancários decidiram voltar ao trabalho.


Nas assembléias que aconteceram na última segunda-feira, em todo o país, a maioria dos bancários aprovou as propostas de reajuste do Banco do Brasil, Caixa Federal e os bancos privados (representados pela Fenaban). Foram rejeitadas as propostas nas bases de Bauru, Rio Grande do Norte e Maranhão. Já em Porto Alegre e Belém, os bancários não aceitaram a proposta da Caixa Econômica Federal. Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia, BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e Banese (Banco do Estado de Sergipe) continuam paralisados, cobrando avanços nas negociações específicas.

A proposta aprovada nas assembleias foi de reajuste de 9% com aumento real, de 1,5% para todos e aumento de 12% no piso, além de aumento na PLR. Os dias parados serão compensados até o dia 15 de dezembro.

Durante a greve os banqueiros mantiveram uma posição intransigente, com interdito proibitório e diversas ameaças. O governo Dilma, que controla o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, chantageou o tempo todo com ameaça de desconto dos dias parados e a negativa de dar aumento real para não causar inflação.

Governo e banqueiros se uniram contra os bancários, mas a força da greve fez com que eles recuassem.

Era possível conseguir mais – O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) da CSP-Conlutas entende que frente ao crescimento financeiro, dos lucros dos bancos e da força da greve era possível conseguir mais. (Proposta do MNOB BB e Proposta do MNOB CEF)

Acontece que a direção da Contraf CUT apresentou uma reivindicação rebaixada de 12% quando bancos como BRB tiveram reajuste de 13%, maior do que o reivindicado pela Contraf e no momento mais forte da greve defendeu a aprovação da proposta que é menor do que a do ano passado. Por isso, uma parte importante das assembleias votou pela continuidade da greve para conquistar mais.

O MNOB, acreditando que a força do movimento era suficiente para impor aos banqueiros e ao governo uma melhora nesta proposta, desafiou que o momento era de intensificar a luta, radicalizar a greve e unificar o movimento com outras categorias em luta.



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NOVE MOTIVOS PARA REJEITAR A PROPOSTA DO BB

1) O índice de 9% sobre as verbas salariais e benefícios é a metade do que conquistamos no ano passado.


Considerando a inflação do período, a proposta significa somente 1,5% de aumento real, contra 3,08% do acordo assinado em 2010. Segundo os números apresentados pela CONTRAF/CUT, a greve desde ano foi maior que a do ano passado. Também foi muito maior o aumento do lucro dos bancos. O do BB, por exemplo, cresceu 15,3% em 2010 e 23,9% no 1° semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano anterior.

A economia do país também cresceu e o setor financeiro foi o que mais lucrou. Então, porque devemos aceitar reajuste inferior aos conquistados por categorias de setores menos lucrativos, como os metalúrgicos, cujos salários foram reajustados, em média, em 10% neste ano?
2) A proposta de aumento no piso apresentada pelo BB (10%) é, mais uma vez, menor que a da Fenaban (12%).

Para servir de comparação, os colegas dos Correios, que encerraram recentemente sua greve, conquistaram 16,78% de aumento no piso (6,87% mais uma parcela de R$ 80,00). Os bancários do BRB, sem fazer greve, conquistaram piso de R$ 1.900,00, o maior da categoria.

Por último, embora “nossos” negociadores tenham aparentemente se esquecido, é bom lembrar que o piso reivindicado pela categoria é o do DIEESE (R$ 2297,51), ou seja, não chegou nem perto. Fica a pergunta: será que chegaram a ler a nossa pauta?
3) Mais uma vez, os colegas oriundos de bancos incorporados, como a Nossa Caixa, são discriminados e prejudicados.

O BB continua discriminando estes colegas. A incorporação do VCPI ao salário, prometida desde o ano passado, também não aparece na proposta deste ano. Os que não migraram para o regulamento de pessoal do BB, terão reajuste de somente 9%. Os que migraram, terão 9% sobre o VCPI. As questões de Saúde e Previdência (Economus) seguem sem solução. Não aparecem sequer nas “mesas temáticas” propostas pelo BB.
4) A compensação dos dias parados, nos mesmos moldes dos anos anteriores, funciona como uma punição aos que fizeram a greve.

Não podemos nos contentar com a compensação tomando como parâmetro a ameaça feita pelo governo de descontar os dias parados. A compensação também é uma forma de punição e deixa o terreno preparado para que os gerentes pressionem os grevistas, impondo a reposição. Devemos manter nossa reivindicação de anistia destes dias, pois quem lutou pelo aumento de todos não merece ser punido!

5) Quanto às questões mais importantes da nossa pauta específica, como PCS e jornada de 6 horas, o BB propõe a instalação de Mesas Temáticas.

Mesmo perdendo várias ações na justiça por sua prática ilegal ao não aplicar a jornada de 6 horas, o BB tem a cara-de-pau de continuar nos enrolando. O desrespeito à jornada legal pelo BB leva ao adoecimento de grande parte de nossos colegas, assim como a falta de um PCS. Se recuperássemos nosso antigo PCS, com interstícios de 12%, deixaríamos de ser reféns das comissões e, consequentemente, do cumprimento das metas absurdas que nos impõem.

Mais uma vez, a resposta do BB é: vamos estudar. Como disse um colega no Blog da Negociação Coletiva do BB: “se o BB fosse uma pessoa, seria o cara mais estudioso que eu conheço!”
6) Os colegas da CABB, um dos setores com maior adesão à greve, não foram contemplados em suas reivindicações.

Não existe a transformação de atendente B em A que era uma das reivindicações. Também não existe nenhuma melhoria no valor da comissão dos atendentes.
7) A retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998 significará aumento na remuneração recebida para um segmento muito pequeno dos funcionários: somente aqueles que já eram Assistentes antes de 2006 (prazo anteriormente considerado).

Os demais comissionados somente incorporarão parte (muito pequena, por sinal) das comissões aos salários. Os escriturários e caixas continuam sendo considerados funcionários sem mérito, não sendo contemplados pelo PCR, e a vida funcional dos colegas de bancos incorporados continua sendo considerada somente a partir da incorporação ao BB.Este PCR, conquistado na última campanha salarial nos foi vendido como uma grande conquista. Agora querem novamente usá-lo para nos iludir e acabar com a nossa greve. Não podemos cair nessa!

8) A proposta não garante a extensão dos 18 dias de licença prêmio aos pós-98 e oriundos do BNC.


A diferença em relação aos anos anteriores é que, desta vez, os colegas do Banpará acabam de conquistar 5 dias de licença-prêmio, após apenas 3 dias em greve . Portanto, ao contrário do que afirmam o BB e até mesmo os negociadores da CONTRAF/CUT, a licença prêmio não é uma reivindicação superada, mas uma conquista possível.


9) A trava de 2 anos persiste, sendo reduzida para 1 ano somente em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento.

Mais uma vez, o BB demonstra que não dá valor algum aos escriturários e incentiva somente aqueles que querem entrar na briga por uma comissão.

sábado, 15 de outubro de 2011

PROPOSTA DA FENABAN

 Oferecem 9% sobre salário praticado e R$ 1.400,00 para salário de ingresso/escriturário.
auxilio-refeição - R$ 19,78

auxilio-alimentação - R$ 339,08

A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400.

A regra determina, ainda, que devem ser distribuídos no mínimo 5% lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 17.220,04.

Antecipação da PLR de 54% do salário acrescido do valor fixo de 840,00 com limite de R$ 4.696,37. Parc adicional 2% do lucro liquido apurado no primeiro semestre dividido pelo número de funcionários terá limite indivdual de R$ 1400,00 com parcela adicional de 2% e com limite individual de R$ 2800,00.

Os dias parados serão compensados da data da assinatura do ACT até 15 de dezembro de 2011. Não haverá desconto.

PROPOSTA DO BB

- Reajuste de 9% sobre todas as verbas salariais e benefícios. O mesmo reajuste será aplicado no VCPI, garantido o interstício sobre esta verba;

- Piso passa para R$ 1.760; com reflexo na curva do PCR (interstícios). Cada M passa a valer R$ 97,35;

- Retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998;

- VCP de 12 meses no retorno da licença saúde;

- Trava reduzida para um ano em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento;

- Reestruturação do Programa Recuperação de Dívidas, com redução da taxa de juros e aumento no prazo de pagamento;

- Ampliação de 55.261 para 68.057 no público do programa de aprimoramento, com aumento de valor de R$ 200 para R$ 215;

- SACR - Remoção automática no Posto Efetivo para funcis de CABB - O funcionário não precisará pedir dispensa da comissão para a remoção automática;

- Extensão do PAS - Adiantamentos para incorporados que optaram pelo regulamento do BB e pertençam aos planos de saúde Economus, Fusesc ou Prevbep;

- Instalação em até 30 dias de mesas temáticas para debater questões do PCR, PC (substituição, Carreira de Central de Atendimento, 55%) e Jornada de Trabalho; na primeira reunião será estabelecido o cronograma de encerramento dos trabalhos;

- Cálculo da PLR 2011-01 considerou a proporcionalidade do mesmo período do ano passado:

Escriturário - R$ 3.571,46 (13,1% maior do que o 1º semestre de 2010),

Caixas, Atendentes e Auxiliares - R$ 3.912,16 (12,5% maior do que o 1º semestre de 2010),

Demais Comissionados - de 1,62 a 3,0 salários (em média 9,9% maior do que o 1º semestre de 2010);

- Renovação do ACT em vigor com manutenção da cláusula de trava de descomissionamento;

- Ratificação da cláusula de desconto dos dias parados igual a do ano passado, e

- 1.000 bolsas de graduação e 500 bolsas de pós graduação.

- não desconto dos dias parados na greve, que serão compensados até o dia 15 de dezembro, com anistia de eventuais saldos após essa data, seguindo a mesma redação da cláusula do ano passado.

PROPOSTA DA CEF

O resumo da proposta feita segue os seguintes termos:


-Reajuste salarial de 9% ;

-Menor salário - carreira administrativa - Terá início na ref.202, que é de R$ 1.785,00. Em 90dias, passando para ref.203, ou seja, R$ 1.826,00;

-Menor salário - carreira profissional - Terá início na ref.802, que é de R$ 7.932,00. Em 90 dias, passando para ref.803, ou seja, R$ 8.128,00;

-PLR = Regra Fenaban + PRL EXTRAORDINÁRIA CAIXA

. PLR EXTRAORDINÁRIA CAIXA - 4% do lucro Líquido distribuído linear a todos os empreagos elegíveis:

Primeira parcela - calculada em função do lucro do 1 semestre (aproximadamente R$ 2,3 bi), distribuído linearmente.

-Dias parados não serão descontados. Serão compensados até 15 de dezembro;

-Realizará sistemática de avaliação para promoção por mérito em 2012, referente ao ano base 2011;

-Participarão da avaliação os empregados ativos em 31/12/2011, com no mínimo 180 dias de efetivo exercício em 2011,integrantes da Parte Permanente do Quadro de Pessoal, inclusive cedidos, liberados para sindicatos e os licenciados, sem suspensão do Contrato de Trabalho,conforme regras negociadas com entidades representativas dos empregados.

-Ampliação do quadro em no mínimo mais 5 mil novos postos de trabalho.

ASSEMBLÉIA DE SÃO PAULO VOTA QUE NÃO SEJA ASSINADO ACORDO COM DESCONTO OU COMPENSAÇÃO DOS DIAS PARADOS

Ditadura do microfone na assembléia de São Paulo - Segunda votação

Assembléia vota a favor de fixar os horários de assembléia às 16h até o final da greve, dificultando que em assembléias decisivas os gerentes que continuam trabalhando apareçam em peso para votar o fim da greve contra os interesses dos trabalhadores, e a favor de que as assembléias que discutirão as propostas da Fenaban sejam assembléias do conjunto da categoria, e não assembléias por bancos, como costumam ser. Mesmo com visível contraste, a direção mente dizendo que a assembléia votou contra e se recusa a fazer a contagem de votos encerrando a assembléia de forma burocrática.



Vamos lotar nossa assembléia segunda-feira (17/10) e evitar que ocorra o mesmo aqui na Bahia

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

NOVA PROPOSTA DA FENABAN É DE 8,4%! TODOS À ASSEMBLÉIA HOJE (14/10), 18H, NO GINÁSIO.

Vitória! Justiça determina que banqueiros e Governo não cortem ponto de grevistas

Justiça do Trabalho concedeu liminar que impede o corte de ponto dos bancários que aderiram à greve da categoria em todo o Maranhão.

Grande vitória dos bancários maranhenses! Nesta terça-feira (11), a Justiça do Trabalho do Maranhão concedeu liminar que impede o corte de ponto dos bancários que aderiram à greve da categoria em todo o Estado. A decisão judicial contempla todos os trabalhadores dos bancos públicos e privados.


A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), antes mesmo da imprensa anunciar a intenção da presidente Dilma de cortar os salários dos bancários da Caixa e do Banco do Brasil, assim como fez com os trabalhadores dos Correios.

Para o presidente do SEEB-MA, José Maria Nascimento, o amparo da Justiça é muito importante, pois além de tranquilizar a categoria, fortalece ainda mais o movimento grevista. Ele afirmou que o Sindicato entrou com a ação, antecipadamente, para evitar que os banqueiros e o Governo Federal impusessem o medo nos trabalhadores.

“Essa é uma vitória muito significativa, pois um dos componentes que deixavam os bancários receosos de aderir à paralisação era o risco de corte nos salários. Mas, agora, com essa liminar, a categoria pode exercer com tranquilidade o direito constitucional de greve" - destacou.

José Maria ressaltou ainda que os dias parados não poderiam ser descontados, uma vez que os trabalhadores estão com o contrato de trabalho suspenso.

"Essa é uma questão que tem que ser tratada no Acordo Coletivo de Trabalho. Os patrões não podem decidir que tratamento eles darão a qualquer cláusula que será objeto do Acordo” - complementou.

Para o diretor de assuntos previdenciários do SEEB-MA, Raimundo Nonato Costa, a presidente Dilma cometeu assédio moral coletivo contra os trabalhadores do Brasil.

“É profundamente lamentável o que a presidente fez com os trabalhadores dos Correios. Determinar o corte de ponto é um desrespeito, uma afronta, ainda mais vindo de uma pessoa que jurou respeitar a Constituição e a lei do país. Em síntese, isso é assédio moral. Segundo a imprensa, ela já ordenou que o mesmo fosse feito com os bancários. Mas, felizmente, a Justiça já deu uma reposta a altura” – repudiou.

Confira abaixo a decisão na íntegra:

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Negociação com a Fenaban e ASSEMBLÉIA

HOJE TEM REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO DO COMANDO NACIONAL COM A FENABAN ÀS 16h E ASSEMBLÉIA ÀS 18h, NO GINÁSIO DE ESPORTES DOS BANCÁRIOS, NO AFLITOS. VAMOS PARTICIPAR!!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Assembléia dos bancários da Bahia aprova publicação de Nota na imprensa com exigências ao Governo Dilma


Na assembléia dos bancários realizada hoje (10/10) aprovamos uma ação importante no sentido de pressionar o Governo Dilma para que reabra as negociações e nossas reivindicações sejam atendidas.

Refletindo a vitória que os bancários de São Paulo tiveram na última quarta-feira, quando conseguiram aprovar uma carta de exigências direcionada à Presidente Dilma, o sindicato dos bancários da Bahia abriu a assembléia com a proposta de publicar uma nota nos jornais exigindo do Governo o fim da intransigência na Greve.

Isso é muito importante para explicar à população que a culpa por estarmos parados também é do Governo e não apenas dos banqueiros. A CONTRAF/CUT não tomou qualquer iniciativa, até então, para exigir de Dilma que desista de descontar os dias parados dos bancários em Greve. A CONTRAF/CUT só faz exigências aos banqueiros, ignorando o papel lamentável que o governo vem tendo nas campanhas salariais.

O Governo vem travando a negociação justamente porque não abre mão de descontar o salário dos trabalhadores, como vem fazendo na Greve dos Correios. Além disso, para Dilma é importante arrochar os nossos salários para manter a alta lucratividade dos bancos.

As intervenções dos membros do MNOB/BA na assembléia reafirmaram a importância da vitória dos bancários de São Paulo e sugeriram os eixos que devem estar presentes na nota a ser divulgada na Bahia. A proposta de conteúdo da nota foi aprovada e tem os seguintes pontos:

- Esclarecer à população que o Governo Dilma é responsável pela intransigência nas negociações;

- Repudiar com firmeza a política de retaliação do Governo Dilma (ameaça de desconto dos dias; Interditos proibitórios);

- Solidariedade com a Greve dos Correios: “Greve é um direito! Dilma não desconte o salário dos trabalhadores!”

- Reafirmar a pauta geral e específica dos bancários: Reajuste salarial digno, estabilidade no emprego, Isonomia, etc.

Sem acordo no TST, greve dos trabalhadores dos Correios vai a julgamento nesta terça-feira


A nova audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para tratar sobre a greve dos trabalhadores dos Correios não resolveu o impasse entre empresa e representantes da categoria. O caso vai para julgamento no SDC (Seção de Dissídios Coletivos) do TST, composta de nove ministros. A seção ocorrerá nesta terça-feira (11) às 16h.


A audiência com o ministro do TST João Oreste Dalazen ocorreu na tarde desta sexta-feira (7). Já no inicio da reunião foi apresentado a Dalazen a rejeição dos 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios ao acordo feito anteriormente .

A proposta foi rechaçada pela categoria, pois previa o desconto dos dias parados e, além disso, o reajuste estava muito abaixo da pauta de reivindicações do setor. A categoria quer compensação total dos dias.

A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) propôs na ocasião o desconto de 12 dias e compensação dos outros 12.

O TST apresentou então a nova proposta que previa a devolução dos dias já descontados em folha de pagamento, a serem pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2012 e a compensação dos demais.

Além do reajuste de 6,87%, abono imediato de R$ 800 e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro/2012.

A empresa aceitou o acordo, porém o representante da categoria salientou que o desconto dos dias é um retrocesso, e que desde 1997 existe compensação. Diante do impasse a proposta foi rejeitada e o dissídio foi levado a julgamento.

Para o membro da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios) Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, a greve é muito forte nacionalmente, sendo assim, o governo e a empresa estão tentando a todo custo derrotar o movimento. “Esse mesmo governo que foi eleito com o voto dos trabalhadores dos Correios está atacado nossos direitos”, ressaltou.

Para Geraldinho, a avaliação feita é de que a greve tem que continuar. “Temos que nos manter fortes em nossa luta. Além disso, não podemos aceitar a liminar do TST de que 40% da categoria deve voltar ao trabalho”, salientou.

É necessário que todos os sindicatos enviem caravanas a Brasília para cobrar do TST que a greve não seja julgada abusiva. “Nossa paralisação tem sido pacifica, estamos fazendo um movimento legitimo e nos resguardando no direito de greve garantido por lei para conquistarmos o atendimento de nossas reivindicações”, finalizou.

ASSEMBLÉIA HOJE (SEGUNDA-FEIRA, 10/10), ÁS 18H, NO GINÁSIO DOS BANCÁRIOS

domingo, 9 de outubro de 2011

BANCÁRIOS DE SÃO PAULO PASSAM POR CIMA DA DIRETORIA DO SINDICATO E VENCEM A ASSEMBLÉIA

Depois de 8 dias de greve e de muita insistência, os bancários de São Paulo conseguiram, na assembléia de 05/10, apresentar propostas que expressassem a vontade da base.

A diretoria do sindicato, majoritariamente composta pela Articulação/CUT, usualmente se esconde atrás de um pelotão de seguranças, e do alto do palco da quadra dos bancários, se arroga o direito de abrir ou não inscrições, encaminhar ou não as propostas. Quando são abertas inscrições, dezenas de diretores se inscrevem, e diante de um número “inviável” de falas, a mesa “sorteia” 5 felizardos para falar. Os componentes da CUT sorteados usam o tempo para repetir as mesmas orientações já veiculadas exaustivamente pela mesa.

Os bancários que estão na base, no dia a dia dos piquetes, usaram seu tempo para fazer propostas para que o movimento avance.

1) Carta à presidenta Dilma pedindo abertura de negociações. Hoje o governo federal é o principal empecilho para as negociações tanto dos bancários como dos correios. A carta à Dilma é uma forma de pressionar o governo a voltar à mesa de negociação para atender as demandas dos trabalhadores.

2) Passeata conjunta com outros setores em greve como correios e judiciário federal. O objetivo é utilizar esta unidade para ampliar a pressão sobre o governo, repetindo o sucesso da passeata de sexta-feira passada.

3) Utilização da Folha Bancária (jornal do sindicato) como instrumento para organizar e fortalecer nossa luta, divulgando todas as propostas feitas pelos diversos bancos, bem como os acordos fechados nas assembléias pelo país. BRB, Banrisul e Banpará já fizeram propostas, em muitos aspectos superiores até mesmo à pauta apresentada pela CONTRAF-CUT à Fenaban, mas elas não são divulgadas pelo sindicato, nem na Folha Bancária, nem no site da entidade. Devemos utilizar este jornal também para denunciar os gerentes assediadores, citando seus nomes, começando pelo gerente-geral do CSL (Banco do Brasil), Sr. Leonel Prado de Moraes, já famoso pela prática de assédio sistemático (na Folha Bancária de 06/10, já está estampado o nome deste gerente).

4) Não aceitar propostas que tragam o desconto dos dias parados ou sua compensação. O governo Dilma decidiu atropelar o direito de greve e, frente a qualquer greve, está pressionando pelo desconto dos dias parados para desmoralizar os grevistas. Foi o que tentou fazer nos correios, mas as assembléias não aceitaram. Por isso esta questão se transformou em estratégica para nossa luta hoje e nos anos vindouros.

5) Estabelecer o horário de 16h para as assembléias, e apreciar a proposta econômica da FEBANAN em assembléia unificada. O objetivo é dificultar a vinda de setores que não estão em greve e que só aparecem para votar pela aceitação da proposta. Também o objetivo é que lutemos e decidamos juntos sobre a proposta da FENABAN.

A diretoria do sindicato, por pressão da base, aceitou as três primeiras propostas, mas se opôs às duas últimas e perdeu as duas votações. Gostaríamos de reafirmar a importância destas duas propostas. Na verdade o que está em jogo é o direito de greve. O desconto dos dias parados que o governo quis impor nos correios, o interdito proibitório que o BB foi o primeiro a utilizar, o envio de centenas de fura-greves para as assembléias para terminar com as greves são práticas anti-democráticas que temos que combater.

Na votação da proposta sobre o desconto dos dias parados, a mesa retirou sua oposição após perder a votação. No entanto, na segunda, sobre o horário das assembléias e sua unificação, a diretoria perdeu a votação, mas não reconheceu o resultado, e se recusou a contar os votos. E, de forma absurdamente anti-democrática, encerrou a assembléia.

A falta de democracia acabou levando a um conflito ao final da assembléia. A truculência da diretoria do sindicato foi desnecessária. A melhor forma de garantir nossa unidade é discutir as propostas, votá-las e, se há dúvidas, contar os votos. Que vença a melhor. Atropelar o processo democrático por perder uma votação só leva à divisão e ao enfraquecimento.

Os bancários presentes, dando mostras de disposição de luta e organização, permaneceram reunidos para garantir o cumprimento das propostas votadas! Bancários independentes em conjunto com as correntes de oposição discutiram democraticamente e de forma unitária as tarefas necessárias para fortalecer a greve. Os trabalhadores tomaram a luta em suas mãos!

A vitória da greve é uma necessidade de todos nós. Continuaremos a ir às assembléias após os piquetes para lutarmos por um espaço democrático onde todos possamos discutir e decidir os rumos do nosso movimento. Chamamos todos os bancários em greve a fazer o mesmo. A próxima assembléia ainda não está marcada. Devemos permanecer em alerta e, quando convocada a assembléia, comparecermos todos para fazer valer a nossa vontade!

- Pela vitória dos bancários! Pelo atendimento de todas as reivindicações!

- Vamos encaminhar a passeata conjunta dos setores em greve!

- Não ao desconto dos dias parados ou sua compensação!

- Assembléias sempre às 16h!

- Assembléia conjunta para deliberar sobre a proposta da Fenaban e assembléia específica para os acordos específicos!

Assinam esta nota:

Bancários independentes
Coletivo Avesso (Intersindical)
Coletivo Bancários de Base
Movimento Nacional de Oposição Bancária – MNOB (CSP-Conlutas)

sábado, 8 de outubro de 2011

Bahia: CTB e CUT tentam minar a unidade das categorias que estão em Greve

É PRECISO UNIFICAR AS CATEGORIAS EM GREVE PARA DERROTAR A INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNO

O Governo Dilma vem demonstrando que pretende derrotar as campanhas salariais através de medidas anti-sindicais, como o desconto dos dias parados e a intervenção na Justiça para atacar o direito de Greve. Os trabalhadores já entenderam que a melhor resposta para isso é a unidade das categorias que estão em luta. Infelizmente, nem todos pensam dessa forma na direção do movimento sindical.


Na última quinta-feira, 06, ocorreria uma passeata unificada entre bancários e trabalhadores dos Correios no Comércio, centro de Salvador. Mas o que era para ser um ato unitário para fortalecer as greves das duas categorias, acabou se transformando em frustração para os trabalhadores.

A passeata não se realizou por iniciativa da diretoria do Sindicato dos Bancários da Bahia, filiado à CTB, e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Bahia, filiado à CUT. As duas partes alegam divergências ou falha de comunicação entre as entidades. Mas, na verdade, o que as duas centrais governistas fizeram só serve para dividir os trabalhadores e facilitar a imposição das medidas do governo.

Dois dias antes, a CTB e a CUT estavam de mãos dadas para orientar o fim da greve dos trabalhadores dos Correios. Os mesmos que brigaram e impediram a realização da passeata estavam unidos na hora de acertar o acordo rebaixado com a direção da ECT. A proposta indecente incluia o desconto dos dias de Greve. Felizmente os trabalhadores rejeitaram o acordo por unanimidade.

Os bancários e carteiros, que sairiam em passeata para mostrar que estavam unidos contra a política de arrocho salarial do Governo Dilma, ficaram atônitos diante da atitude dos dirigentes sindicais. Na base das duas categorias sempre houve disposição para unificar as lutas.

A passeata unificada serviria para dar visibilidade à Greve das duas categorias, fortalecendo a mobilização por reajuste salarial digno e melhores condições de trabalho. Devemos exigir da diretoria das duas entidades a construção de uma manifestação em conjunto o mais rápido possível!

Nós que construímos o MNOB/BA e a CSP Conlutas consideramos que nenhuma divergência aparente ou falha de comunicação entre os sindicatos servem como justificativa para o que aconteceu. A unidade dos trabalhadores é uma necessidade e deve ser colocada em primeiro lugar! Os dois sindicatos devem unificar as categorias em Greve e romper com o Governo Dilma para travar uma luta conseqüente em defesa dos trabalhadores e da sua unidade!

Reajuste digno já!

Não ao desconto dos dias parados!

MOVIMENTO NACIONAL DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA/BAHIA - FILIADO À CSP CONLUTAS

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PASSEATA DOS BANCÁRIOS E TRABALHADORES DOS CORREIOS, AMANHÃ (06/10), 16H, NA PRAÇA DA INGLATERRA, COMÉRCIO.

Foi aprovada na assembléia dos bancários de hoje mais uma passeata em unidade com os trabalhadores dos correios. A concentração amanhã (06/10) será na Praça da Inglaterra (Comércio), às 16h, onde os trabahadores dos correios estarão realizando uma assembléia para avaliar o movimento grevista.

No dia de hoje, os carteiros mostraram que não aceitarão acordo rebaixado e o desconto dos dias de Greve. Estados como Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Acre, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro e DF, entre outros, foram contrários ao acordo firmado entre a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), entidade representante dos sindicatos da categoria, e a diretoria da Empresa de Correios e Telégrafos, formulada na reunião da última terça-feira, com mediação da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi.

Aqui na Bahia os trabalhadores estavam muito revoltados com o acordo e ansiosos para rejeitar a proposta, apesar da orientação da Fentect. Os militantes do MNOB/ BA distribuíram uma nota divulgada pelos dois membros do comando de negociação que não aceitaram assinar a orientação para a aceitação do acordo. No comunicado, José Gonçalves de Almeida (Jacó), do sindicato do DF e membro da CSP Conlutas, classifica a tentativa de acordo como indecente e orienta a continuidade da Greve, pois mantém o desconto dos dias de Greve e retrocede quanto à questão salarial.

Presenciamos a disposição dos trabalhadores dos correios da Bahia em continuar a sua luta. A aprovação da continuidade da Greve foi unânime. Precisamos agora, mais do que nunca, unificar nossas lutas e o próximo passo é a participação dos bancários na passeata de amanhã junto com os trabalhadores dos correios. Isso dará visibilidade à luta das duas categorias e enviará um recado para a ECT, para os banqueiros e para o governo Dilma:  Exigimos reajuste salarial digno e não aceitaremos descontos dos dias de Greve!!!



TODOS OS BANCÁRIOS NA PASSEATA UNIFICADA COM OS TRABALHADORES DOS CORREIOS: AMANHÃ (06/10), ÀS 16H, NA PRAÇA DA INGLATERRA, COMÉRCIO. 

Trabalhadores dos Correios aprovam continuidade da greve, apesar da orientação da maioria do comando da FENTECT


Trabalhadores rejeitam proposta acordada entre empresa, governo e direções governistas e continuam a greve

Jornais, TV, rádio, internet. Na terça-feira à noite todos os meios de comunicação da burguesia anunciavam o fim da greve dos Correios como fato consumado. O secretário geral da FENTECT e membros da maioria do Comando de Negociações da FENTECT (CUT/PT e CTB/PCdoB) haviam fechado acordo com a direção da empresa em audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho. Era um claro golpe para dar fim a greve.


A proposta da ministra do TST, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, em nada melhorava o que já tinha sido negociado: reajuste salarial de 6.87 %, reajuste linear de RS 80,00 para outubro, devolução dos 6 dias descontados da greve, com desconto a partir de janeiro/2012, parcelado em 12 vezes. Os demais dias seriam compensados com trabalho nos finais de semana (sábados e domingos). Economicamente é pior que a anterior, pois além de manter o desconto dos 6 dias quer a compensação dos demais dias nos finais de semana. Os trabalhadores já estão em greve há 22 dias.

A greve continua – Apesar dessa traição das direções governistas, conforme vão acontecendo as assembléias, a ampla maioria dos trabalhadores está rejeitando o acordo e votando pela continuidade da greve. Já foi assim no Distrito Federal, em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Acre e Paraíba.

De acordo com Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios) nem a mídia, nem o acordo entre empresa e maiotria do comando intimidou os trabalhadores, que votaram pela greve por unanimidade. “Em São Paulo, os dirigentes atrasaram a assembléia em mais de 1 hora e quando chegaram, os trabalhadores gritavam que a greve continua; frente a força da assembléia, os dirigentes do sindicato de São Paulo tiveram de indicar a continuidade da paralisação diferente da orientação do comando”, salientou o Geraldinho.

Se a maioria da direção achou que seria fácil acabar com a greve, se enganou. Dois membros da FENTECT ontem mesmo divulgaram uma carta de repúdio ao acordo e defenderam a continuidade da greve.

Um deles José Gonçalves de Almeida (Jacó), que classificou a proposta de indecente, acredita que a maioria das assembléias rejeitará essa proposta. “Isto demonstra o tamanho da insatisfação dos trabalhadores, que estão continuando a greve passando por cima da orientação da maioria da direção”, ressalta.

Para Jacó, o grande desafio deste momento é enfrentar a política do governo Dilma, que pretende derrotar essa greve, assim com a de bancários de bancos públicos, e implantar uma política de arrocho. “A empresa está seguindo a orientação do governo, diante disso, temos fortalecer a greve nacionalmente, mesmo contra a maioria da direção, até que governo e empresa apresentem uma proposta que atenda às reivindicações dos trabalhadores.

A categoria está reivindicando reposição da inflação de 7,16%; reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 à 2010; piso salarial de R$ 1.635,00; aumento linear de R$ 200; vale alimentação/refeição de R$ 28; vale-cesta de R$ 200; vale extra em dezembro/2011 no valor de R$ 750, entre outras propostas, e o não desconto dos dias parados.

A CSP-Conlutas apóia e está ao lado dos trabalhadores dos Correios nesta luta!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Assembléia dos bancários vota continuidade da Greve

A assembléia dos bancários ocorrida hoje (03/10) reafirmou a continuidade da Greve e aprovou a construção de mais uma passeata unificada com os trabalhadores dos correios. Os cerca de 250 bancários presentes também receberam a solidariedade de outros setores que estão em luta.

O representante da ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre) trouxe a solidariedade da juventude com a Greve da categoria, lembrando que a nossa luta contra os banqueiros e os ataques do governo é a mesma. A ANEL está na linha de frente da construção da Campanha pelos 10 % do PIB para a educação.

Uma representante dos Servidores das Escolas Técnicas Federais (SINASEFE) ressaltou a necessidade de unificar as campanhas salariais e solicitou apoio à Greve que eles estão construindo há cerca de dois meses contra a política de arrocho salarial do Governo Dilma.

Os militantes do MNOB-BA fizeram falas apontando a unificação das categorias em greve como forma de fortalecer as lutas contra os ataques do governo Dilma. Fizeram denúncia da relação entre o governo e os banqueiros, além de repudiar a intransigência nas negociações.

Também levaram informações sobre os acordos fechados nas campanhas salariais do bancários do Banco Regional de Brasília, que conseguiram reajuste de 17,45%, e do Banpará, que conquistaram licença-prêmio e o abono total dos dias de greve. Para o MNOB esse precisa ser o novo patamar para as negociações com os demais bancos e o governo.

Mais uma vez o MNOB-BA posicionou-se contra qualquer forma de retaliação aos grevistas, seja através do desconto ou da compensação dos dias parados, exigindo do sindicato iniciativas jurídicas e a pressão sobre o governo para evitar a punição dos bancários em greve.

A próxima assembléia dos bancários está marcada para a próxima quarta-feira, dia 05, às 18h, no Ginásio de Esportes dos Bancários, Ladeira dos Aflitos. Já a passeata unificada com os trabalhadores dos correios deve ser confirmada ao longo da semana. A próxima quinta-feira é o dia previsto para a realização da manifestação.

domingo, 2 de outubro de 2011

Ato unifica bancários e trabalhadores dos Correios


• Uma grande manifestação agitou o centro da capital paulista, na tarde desse dia 30 de setembro. Apesar do tempo seco e do forte calor, o ato reuniu cerca de 4 mil pessoas. O protesto reuniu três categorias em greve: trabalhadores dos Correios, bancários e servidores da Justiça Federal. Os funcionários da estatal de serviços postais estão parados desde o dia 13 de setembro. Já os bancários cruzaram os braços no dia 27 e os servidores do judiciário decidiram parar nesse dia 30.

Ombro a ombro

Os trabalhadores dos Correios se concentraram em frente ao prédio histórico da empresa no vale do Anhangabaú. A poucos metros dali, os bancários se reuniam próximo ao prédio do Banco do Brasil. Por volta das 16h os funcionários dos Correios e os servidores do Judiciário subiram em direção à Av. Líbero Badaró e se juntaram aos bancários. Duas ondas humanas, uma amarelo e azul, dos uniformes dos Correios, e outra vermelha, dos coletes de greve dos bancários, se misturaram para seguirem em uma grande passeata pelas ruas do centro. “A greve continua; Dilma a culpa é sua” era uma das principais palavras de ordem cantadas pelos manifestantes. Os grevistas seguiram em passeata até a Praça da Sé e retornaram ao Anhangabaú.
Se as categorias são diferentes, o motivo pelo qual lutam é o mesmo. Salários rebaixados e corroídos pela inflação e péssimas condições de trabalho. Outro obstáculo que são obrigados a enfrentar é a intransigência nas negociações. No caso dos Correios, o governo orientou o corte nos pontos dos grevistas e entrou na Justiça contra a greve. Já os bancários enfrentam os ‘interditos proibitórios’ pedidos pela direção dos bancos públicos, que estão à frente dos banqueiros privados no enfrentamento contra a greve.


Governo corta salário nos Correios

Apesar das sucessivas tentativas de intimidação realizadas pelo governo e a direção da estatal, a greve continua forte. “Nesse dia 29 houve novas negociações, dois mil companheiros de Brasília ocuparam o prédio dos Correios, mas não se chegou a um acordo porque a empresa só reafirmou a proposta que já vinha fazendo”, afirmou Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, dirigente da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC) e da CSP-Conlutas. A proposta da empresa prevê reajuste apenas em 2012.
O dirigente ainda criticou o desconto dos dias parados. “É uma atitude truculenta, o governo não respeitou nem os estados que ganharam liminar contra o desconto nos salários, algo que nunca tinha acontecido nos Correios” disse. O governo descontou seis dias dos trabalhadores em greve.
No próximo dia 4 de outubro os trabalhadores dos Correios organizam caravana a Brasília a fim de pressionar o governo pelo avanço nas negociações. Além de reajuste já e o não desconto dos dias parados, eles exigem o veto de Dilma à MP-532, que abre o capital da estatal e inicia o processo de privatização da empresa.


Bancários fazem forte greve

Se os funcionários dos Correios enfrentam o corte nos dias parados, os bancários batem de frente com a intransigência dos bancos, principalmente os bancos públicos como o Banco do Brasil, e os interditos proibitórios, mecanismos jurídicos utilizados pelas instituições para coibirem piquetes. Nessa linha de intransigência e truculência, o governo saiu na frente dos banqueiros.
“Antes mesmo de começar a greve, o governo já vinha com uma linha mais dura, se antecipando aos próprios banqueiros o governo já começou dizendo que não daria reajuste”, denuncia Juliana de Oliveira, bancária do Banco do Brasil e membro do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligado à CSP-Conlutas. Eles exigem reajuste e contratação de mais funcionários.
Juliana critica ainda a direção majoritária dos sindicatos, ligada à CUT que, não só demorou para chamar a greve, como apresentou uma pauta de reivindicação extremamente rebaixada. “Nossa greve começou esse ano mais forte que a do ano passado, mas ela poderia ser ainda maior” , destacou. Juliana lembrou ainda das conquistas dos bancários de bancos como o Banpará e o BRB para mostrar que é possível arrancar o reajuste, ampliando a greve e unificando as lutas com as das demais categorias mobilizadas.

Em Salvador

Na última sexta-feira (30 de setembro) foi realizada a passeata unificada das categorias em greve em Salvador, seguindo a política da CSP-Conlutas de construção de atividades com os trabalhadores dos correios e os bancários. Os bancários se concentraram na frente do sindicato dos bancários e seguiram pela avenida Sete de Setembro. O encontro com os trabalhadores dos correios foi na Praça da Piedade. De lá seguimos juntos até a Praça Castro Alves. Cerca de 300 pessoas estavam na passeata, entre a base de correios e de bancários, representantes das centrais sindicais e os sindicatos (Bancários, Correios, Construção Civil da Bahia) e oposições sindicais (MNOB-BA e oposição SISPEC).

A CSP-CONLUTAS e o MNOB BA esteviveram presentes na passeata. Distribuímos o boletim da CSP-CONLUTAS que aborda o tema da unidade entre as categorias em greve. O MNOB BA fez uma fala que trouxe os seguintes pontos: a intransigência do governo Dilma, a relação entre o governo e os banqueiros, os ataques do governo, a necessidade de outras iniciativas que unifiquem as lutas das categorias contra os ataques do governo Dilma.